Nesta sexta-feira (12), o presidente Donald Trump se submeterá a uma exame formal de saúde que, conforme o “The Telegraph” inglês, “poderia por fim às especulações sobre sua idoneidade mental e física para a presidência”. Especulações que ganharam novo ímpeto após tuitada de Trump de que “seu botão nuclear era maior” do que o do líder norte-coreano Kim Jong Un e ainda seu comentário, em resposta ao livro “Fogo e Fúria”, se autoclassificando de “gênio muito estável”. Só faltou gritar: “eu sou normal”.
O livro, escrito pelo veterano jornalista Michael Wolff, e que está em primeiro lugar entre os mais vendidos nos EUA, traz depoimentos de 200 assessores e ex-auxiliares, em que é dito que “até os amigos acham que Trump é idiota” Para outros, “é um imbecil”.
O exame de sanidade física e mental de Trump ocorrerá no maior hospital militar dos EUA, o Walter Reed. Porta-voz da Casa Branca reagiu aos rumores, asseverando que “Trump é forte como um cavalo” e tem inteligência “afiada”. Segundo o mesmo porta-voz, o exame “não contemplará” uma “avaliação psiquiátrica”.
Entre outras manias estranhas de Trump, Wolff relata sua aversão a sujeitos que “usam bigode” e a repetição das mesmas histórias várias vezes em uma conversa de dez minutos. O ex-estrategista-chefe Steve Bannon relatou como o neocon John Bolton foi descartado por causa do bigode.
O ex-conselheiro, Sam Nanberg, disse a Wolff que quando tentou explicar a Trump a Constituição dos EUA, este deixou de ouvi-lo após a quarta emenda. “Ele não processava as informações em um sentido convencional. Não lia nada. Nem sequer folheava. Para muitos, não passa de um semianalfabeto”.
Outra mania de Trump é desprezar os que compõem seu círculo mais íntimo, como o então chefe de gabinete Reince Priebus; o estrategista-chefe, Steve Bannon, e o genro, Jared Kushner. Um dia Trump chegou a comentar em voz alta que “Bannon era desleal (além de se vestir como um merda); Priebus, um fraco (além de nanico); e Kushner, um puxa-saco”.
Ainda segundo Wolff, a fonte dos vazamentos do governo é muitas vezes o próprio Trump, que “todas as noites fala por horas no telefone com seus amigos e conhecidos e compartilha com eles as notícias e emoções de sua vida no gabinete oval”.
A.P.