O governo do presidente dos EUA, Donald Trump está preparando um plano de ação onde pretende aumentar a carga de trabalho de seus funcionários consulares e diplomatas. Para ele, que confunde o governo com suas empresas, os diplomatas americanos precisam atuar mais como lobistas para incrementar a venda de armas e gerar ganhos de muitos bilhões de dólares a mais para a indústria bélica americana.
O Plano em andamento que Donald Trump pretende anunciar em fevereiro, prevê usar os diplomatas “num esforço de todo o governo” para aliviar as regras de exportação e compra por parte dos países estrangeiros de equipamentos militares produzidos pelos EUA, de caças, drones, navios de guerra e artilharia que permitam angariar bilhões de dólares em negócios no exterior, além da lucrativa assistência técnica que já fornecem atualmente.
Trump quer todo o mundo muito mais armado e a indústria da morte norte-americana com muitos bilhões de dólares a mais de lucro, segundo disse, em cumprimento de sua promessa de campanha de gerar mais empregos e reduzir o monstruoso déficit comercial dos EUA que atingiu US$ 502,3 bilhões durante o ano de 2016, conforme divulgação do governo em fevereiro passado.
Quem sabe uma guerrinha aqui ou ali possa ajudar, talvez incrementar o fornecimento de armas e treinamento para grupos terroristas, ah! que pena que não deu certo a guerra com a Coreia… Na Síria rendeu alguma coisa, mas agora está difícil. Quem sabe no Oriente Médio, na África, na América Latina… Bem, os diplomatas americanos têm agora oficialmente a missão de trabalhar para mudar leis nos países para facilitar a compra de armas dos EUA.
Trump quer também que um maior uso de armas por um número maior de adidos militares e comerciais já fixados nas embaixadas dos EUA mundo à fora e um “realinhamento das Regulações do Tráfico Internacional de Armas (ITAR) que é uma política central que rege as exportações de armas desde 1976 que nunca foram mudadas” e que segundo Trump precisam ser modernizadas.
Sem dúvida essa determinação do governo Trump em incrementar a venda de armas associado a um afrouxamento das restrições na venda desse “produto” sem restrições para parceiros dos EUA fora da OTAN atende às pressões e “necessidades” de empresas como a Lockheed Martin e Boeing.
“Nós queremos ver estes caras (os das empresas acima citadas), os adidos comerciais e militares sem nenhuma restrição para serem vendedores dessas coisas, de armas, para serem estimuladores de venda”, disse à Reuters uma autoridade do governo que não quis se identificar.
“A estratégia do governo Trump é ter o Pentágono e o Departamento de Estado norte-americano desempenhando um papel mais ativo na consolidação de acordos internacionais sobre venda de armas que sejam favoráveis aos nossos parceiros” – as empresas – disse o funcionário governamental.
Uma outra autoridade do Departamento de Estado procurada pela Reuters afirmou que “a abordagem renovada dá aos nossos parceiros uma maior capacidade de ajudar e compartilhar o fardo da segurança internacional, beneficia a indústria da defesa e irá fornecer mais bons empregos para os trabalhadores americanos”, pois consideram que Trump, tem autoridade para instruir os oficiais de assistência e segurança das embaixadas americanas tanto militares quanto civis a fazerem mais para aumentar a venda de armas em todo o mundo. E que os governos anteriores dos EUA subestimaram esse potencial e subutilizaram esses diplomatas.
Não que seja uma surpresa que a indústria bélica controla o governo americano, Obama com sua querida Hillary foi um super carniceiro que vendeu muitas armas pelo mundo, mas vestia a roupa do bom moço politicamente correto amante da democracia em todos os países que invadiu e destruiu, como por exemplo, a Líbia e o Afeganistão.
Mas Trump não tem vergonha na cara. Expõe seu fascismo e sua exacerbada arrogância de imperialista convicto de forma explícita e mal acabada, como tem sido dito, idiota.
Mas como dizia minha avó, não há mal que sempre dure. E o mundo não é feito por idiotas.
ROSANITA CAMPOS