50 mil mulheres marcharam em Washington no sábado, apesar do frio, para repudiar as políticas pró-bancos e corporações do governo Trump e apoiar seu impeachment, assim como reivindicar os direitos ameaçado das mulheres.
“Estou ainda mais indignada do que há três anos”, escreveu Kim Elliott, 40 anos, residente em Washington, no cartaz que ela carregava, assinalou a agência de notícias France Presse.
Acompanhada da filha de 7 anos, que participava com entusiasmo de sua primeira manifestação feminina, ela disse que “sabíamos que Trump seria horrível, mas é ainda pior do que pensamos”.
Com cartazes improvisados denunciando a perseguição de Trump aos imigrantes, os cortes nos programas sociais e as pressões para reverter na Suprema Corte a descriminalização do aborto, as manifestantes marcharam nas imediações da Casa Branca. O ato também condenou a violência contra as mulheres e a impunidade.
A manifestação coincidiu com a denúncia de que o Arquivo Nacional adulterou fotos da grande manifestação de 500 mil mulheres no dia seguinte da posse do bilionário em 2017, para ocultar a contestação a Trump. O órgão foi forçado a se desculpar.
No protesto – que se repetiu em outras cidades, como Nova Iorque – não faltou a ironia e o deboche diante do cinismo de Trump e suas reiteradas alegações de que “não fez nada de errado” para estar sofrendo um processo de impeachment.
Desde o palco, os organizadores agradeceram aos manifestantes presentes, apesar das condições climáticas adversas, “por seu comprometimento, ardor, insolência e tenacidade”.