Apenas no período de 10 dias após o ano novo, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) já registrou 15 falhas nas suas linhas. A política de desmonte do transporte sobre trilhos, promovida pelos governos do PSDB em São Paulo, tem suas consequências. Sete obras de manutenção das vias estão paralisadas.
A última falha foi na manhã desta quarta-feira (10) na linha 11-Coral, que liga a zona leste ao centro da capital paulista. A falha foi entre as estações Itaquera e José Bonifácio, porém afetou outras estações, principalmente, a Guaianases. Pouco depois das 6 horas da manhã, a estação se encontrava lotada de trens parados, sendo necessária a intervenção da operação Paese. Muitas pessoas desistiram de utilizar os trens para chegar a tempo no trabalho, tendo que optar por utilizar os ônibus. A CPTM afirmou primeiro que o transtorno foi causado por falhas no equipamento. Depois, informou que o problema foi provocado por uma tentativa de furto de cabos.
Na última sexta-feira (5), as Linhas 8 e 9 da CPTM tiveram queda no sistema de energia devido a falha nos transformadores, tendo a circulação interrompida cerca de duas vezes, por mais de duas horas. Vale lembrar que em novembro de 2017, transformadores como esse, foram comprados pela CPTM para as obras de modernização da Linha 10-Turquesa. Porém, as peças se encontravam em um pátio em Mauá, sob sol e chuva, no mato, acumulando ferrugem.
Em meio às diversas promessas do governador e pré-candidato à presidência, Geraldo Alckmin (PSDB), sobre o transporte público, a realidade das linhas de transporte é caótica. Sete obras destinadas a melhorias do sistema de energia elétrica, e que melhorariam a rede da CPTM estão paradas, sendo que duas delas, pelo menos há nove anos.
Duas das obras paradas previam o “fornecimento e instalação de suprimentos de energia” nas linhas 8-Diamante, 10-Turquesa e 11-Coral, e foram iniciadas em 2009. No período entre 2012 e 2014, a CPTM fechou contrato com outras obras do mesmo tipo que incluiam também as linhas 7-Rubi, 9-Esmeralda e 12-Safira. Após quase R$ 300 milhões serem gastos na obra, ela ainda se encontra inacabada.