As vendas do comércio da principal cidade turística do Brasil, Rio de Janeiro, recuaram 2,9% em 2019 sobre o mesmo mês do ano anterior. O balanço, que foi feito pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio) e divulgado na terça-feira (28), reuniu os resultados mensais mostrando que no ano passado não houve sequer um mês positivo para o setor varejista da cidade. Nem mesmo novembro (-1,2%) e dezembro (-1,5%) – períodos aquecidos por conta das festas de final de ano – lograram bom desempenho de vendas sobre os meses anteriores.
Diante desses dados, o presidente da CDL-Rio, Aldo Gonçalves, refuta qualquer propaganda de recuperação e diz que o Rio de Janeiro sofre a consequência da crise. “2019 não será de boas lembranças, nem para os setores produtivos, nem para a sociedade como um todo”.
“Neste cenário, o Rio de Janeiro, em particular, foi um dos estados mais atingidos. Todo esse quadro caótico atingiu diretamente o comércio, grande pilar e pulso da nossa economia, responsável pela maioria dos empregos formais do estado”, completou.
Informalidade
Somando 38,8 milhões de pessoas na informalidade – número que supera o total de empregos formais – não dá para dizer que não há crise no Brasil.
Além da instabilidade e da ausência de direitos, esses trabalhadores, quando podem contar com uma renda mensal, recebem cerca de 44% a menos que um empregado com carteira assinada.
“Os lojistas tentaram todo o tipo de promoção, liquidação e descontos para estimular os consumidores, mas nada disso foi o suficiente para aumentar as vendas, daí o resultado negativo, que se repetiu mês a mês durante todo o ano passado”, ressaltou Aldo.