“É abominável saber que vidas foram sacrificadas por escolhas meramente financeiras”
A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), afirmou que “o crime ambiental em Brumadinho poderia ser evitado, mas houve uma escolha gananciosa em prejuízo da vida”.
“É abominável saber que vidas foram sacrificadas por escolhas meramente financeiras”, continuou.
No sábado (25), quando completou um ano do rompimento que tirou a vida de 270 pessoas e causou prejuízos incalculáveis para a população e o meio ambiente, foram revelados documentos mostrando que a Vale e a empresa de consultoria que contratou, a alemã Tüv Süd, sabiam que os riscos de rompimento eram altíssimos.
Por esconder informações e falsificar dados para ter um laudo de segurança, ex-funcionários e diretores da Vale e da Tüv Süd foram denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) por homicídio duplamente qualificado e crimes ambientais.
“Não é fácil lembrar de toda a destruição causada pelo descaso e pela ganância, mas não podemos permitir que esse crime fique impune e caia no esquecimento”, disse Marina através de suas redes sociais.
O senadores da Rede, Randolfe Rodrigues (AP) e Fabiano Contarato (ES), também prestaram solidariedade às famílias das vítimas e repudiaram o comportamento da Vale na tragédia.
“Um ano da tragédia em Brumadinho, e ela ainda causa dor e transtorno. Me solidarizo com as vítimas e seus familiares, e me ombreio a eles por justiça! Tenho lutado pela punição mais rígida aos causadores desse tipo de tragédia. Não esqueceremos!”, assinalou o senador Randolfe Rodrigues, líder da oposição no Senado.
Já o senador Fabiano Contarato observou o drama causado aos familiares das vítimas pelo rompimento da barragem da Vale e o descaso da empresa.
“Tivemos 270 vítimas diretas, mas as mortes simbólicas seguem produzindo estragos. A cidade adoeceu: sua população tem consumido mais ansiolíticos; aumentaram os casos de suicídio. Há muito por fazer e o sentimento é de desolação”, lamentou Contarato.
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