O preço da gasolina disparou porque está atrelado ao dólar, por decisão do governo federal.
Como o Brasil tem petróleo e pode ter quantas refinarias quiser, não tem necessidade de estabelecer de modo inflexível essa paridade, particularmente num momento em que a cotação do dólar bate recorde toda a semana.
A decisão de atrelar foi de Dilma, em novembro de 2013. Temer a manteve e Bolsonaro idem.
Mas Bolsonaro pegou o governo com o dólar a R$ 3,72. Hoje ele subiu para R$ 4,33 – aumentou 16% em um ano.
Nesse quadro, dolarizar o preço da gasolina significa tirar dinheiro do bolso de milhões que abastecem seus tanquinhos e transferi-lo para os gigantescos cofres da Shell, BP, Exxon e demais membros do seleto cartel que domina a distribuição mundial do combustível.
Aliás, isso é o que Bolsonaro e Guedes prometem a eles diariamente.
O ICMS e os governadores não tem absolutamente nada a ver com a escalada do preço da gasolina. O ICMS é um percentual fixo, o que faz o preço da gasolina variar é a política entreguista de atrelá-lo à variação do dólar.
Bolsonaro inventou a fábula do ICMS por pura vigarice, para apresentar-se a seus robôs como o paladino da gasolina barata, enquanto vai esvaziando seus bolsos com gasolina cara.
SÉRGIO RUBENS