
Logo na abertura do segundo dia do desfile das Escolas de Samba de São Paulo, a Pérola Negra fez uma homenagem aos ciganos

A primeira escola a desfilar no sábado (22), foi a Pérola Negra. A escola da Vila Madalena, fundada em 1973, apresentou o enredo “Bartali Tcherain – A estrela cigana brilha na Pérola Negra”, com tributo aos ciganos. Ela foi campeã do Grupo de Acesso de 2019 e passou pelo Anhembi com alguns problemas nas fantasias, mas fez um bom desfile, animado e colorido.

A Colorado do Brás veio em seguida e levou ao Anhembi o mito de Dom Sebastião e também histórias reais de superação. O enredo chamado “Que Rei Sou Eu?” contou a história real e os mitos de Dom Sebastião. O antigo rei de Portugal desapareceu depois de uma batalha no Marrocos. Ele gerou muitas lendas baseadas na esperança por seu retorno.
Assim como o timão importou um técnico de fora, a Gaviões da Fiel, para comemorar seus 50 anos, importou Paulo Barros do Rio de Janeiro, onde foi quatro vezes campeão, para São Paulo.

A escola foi a terceira no Anhembi, com enredo sobre casos de amor e algumas surpresas do carnavalesco carioca. Sabrina Sato, rainha de bateria, veio fantasiada como Julieta. Além dessa personagem, Romeu, Cleópatra, Dom Quixote e os três mosqueteiros foram lembrados.

A Mocidade Alegre falou do poder das mulheres e dos orixás no seu desfile no segundo dia do Grupo Especial de 2020, em busca do seu décimo primeiro título em SP. O nome do enredo foi “Do canto das Yabás renasce uma nova morada”, que exalta poder feminino para reconexão com universo”.
A escola criou a história de uma menina que tenta salvar o mundo com ensinamentos do candomblé e ajuda de orixás femininos da água, como Iemanjá e Oxum. O samba foi muito cantado no Anhembi e exaltou a força feminina e dos orixás e seu potencial de proteger a natureza.

Em busca do título inédito, a Undos de Vila Maria, escola da Zona Norte, apresentou “dragões”, peças imitando porcelana, uma ala sobre a “produção em larga escala”, um carro sobre tomar chá e outras imagens associadas aos chineses. No quarto carro, 80 crianças cantaram vestidas de panda, no momento mais fofo da noite.

A Águia de Ouro quis mostrar toda a trajetória do conhecimento humano. A primeira ala tinha o homem primitivo e o último carro imaginou um futuro com robôs do bem. Teve também Tati Minerato estreando como musa, depois de 20 anos de Gaviões da Fiel. A escola trouxe para a avenida os lados bom e ruim do uso da sabedoria – desde a invenção da roda até tragédias como a bomba atômica.
A Rosas de Ouro fez o último desfile de 2020 do Grupo Especial de SP com um enredo sobre tecnologia. Teve fantasia com chip e código de barra, robô na avenida, passista virtual e carro em realidade aumentada em 3D.

O enredo “Tempos Modernos”, falou sobre as revoluções industriais, em especial a quarta, dos novos sistemas automatizados. O samba foi cantado sob o ponto de vista de um robô abandonado por uma criança que acha um livro sobre as revoluções industriais.