Ao final da tarde de quinta-feira, a senadora Elizabeth Warren anunciou sua retirada da disputa pela indicação para candidata a presidente pelo Partido Democrata.
Ao anunciar sua desistência, a senadora, que estava na terceira posição na concorrência democrata, afirmou, diante de sua residência na cidade de Cambridge, Massachussets: “Garanto que seguirei na luta em favor dos que trabalham duro por todo este país e que têm sempre recebido a pior parte. Esta tem sido a luta de minha vida e continuará sendo”.
O senador Bernie Sanders, que disputa voto a voto a indicação democrata com o ex-vice-presidente Joe Biden, elogiou a plataforma de Warren: “Uma extraordinária campanha de ideias – exigindo que os mais abastados paguem uma participação justa, o fim da corrupção em Washington, pela garantia de tratamento de saúde para todos, preocupação com as mudanças climáticas, enfrentamento da crise da dívida estudantil e vigorosamente na proteção dos direitos das mulheres”.
“Ela desafiou os interesses das mais poderosas corporações porque ela se importa com aqueles que são deixados para trás. Sem ela, o movimento progressista não seria, nem de perto, tão forte quanto é hoje. Eu sei que ela seguirá nesta luta e nós somos agradecidos por ela fazer isso”, continuou Sanders.
Warren, que teve uma conversa com Sanders no dia anterior a sua decisão, ainda não indicou qual dos dois principais candidatos democratas terá seu apoio. Disse que vai “respirar fundo antes de tomar a decisão em como seguir em frente a partir de agora”.
Em uma campanha cada vez mais polarizada entre Sanders e Biden, no Estado de Nevada, Warren conquistou 54 delegados e se destacou ao enfrentar o candidato de Wall Street, Mike Bloomberg, no primeiro debate em que este participou, ao apontar aspectos discriminatórios contra negros e latinos nas buscas e revistas policiais na cidade de Nova Iorque, no período em que Bloomberg a governou