Bolsa encerra pregão desabando 14,78%, o maior tombo desde 1998. Dólar bate recorde: R$ 4,79
A Bolsa de Valores brasileira encerrou o pregão na quinta-feira (12) com a maior queda desde setembro de 1998. Um tombo de 14,78%, com 72.582 pontos.
Durante o dia, a Bolsa brasileira interrompeu suas negociações de papeis por duas vezes. Mesmo assim, por volta das 13h35, a Bolsa recuava 19,16%, a 68.852 pontos.
O dólar, por sua vez, chegou a ser cotado acima dos R$ 5,00 e encerrou o dia em R$ 4,79, um recorde histórico. O Banco Central (BC) teve que intervir mais uma vez nesta semana, e desta vez torrou US$ 2,25 bilhão das reservas brasileiras.
O BC realizou nesta quinta três leilões de dólares em moeda à vista, sendo que dois deles foram anunciados após a abertura dos mercados, depois da disparada do dólar a mais de R$ 5,00. Com isto, o dólar ficou próximo dos R$ 4,85.
Às 10h22, quando o Ibovespa caía 11,65%, os negócios foram paralisados por meia hora. Após a reabertura, a Bolsa continuou tombando. Às 11h12, o Ibovespa recuou 15,43%, a 72.026 pontos e um segundo “circuit breaker” – sistema que interrompe os negócios automaticamente – teve que ser acionado. A paralisação foi de uma hora.
Com as duas interrupções de hoje, o que não acontecia desde a crise financeira global de 2008, a Bolsa totaliza 4 suspensões de negociações numa mesma semana, o que é inédito na história do Ibovespa.
Os movimentos de histeria do mercado financeiro na semana estão sendo provocados por três fatores: pandemia do coronavírus, a atividade econômica mundial que está em vias de entrar em recessão e a instabilidade política no Brasil que decorre dos desatinos de Bolsonaro.