Um novo ato golpista está sendo convocado nas redes sociais bolsonaristas por um cartaz que começou a circular na terça-feira (17).
O cartaz diz “Agora é guerra”, “agora é na frente dos quartéis”, “chega de chantagem”, “fora STF”, “fora Congresso”.
Os bolsonaristas chamam o ato para o dia 31 de março, véspera dos 56 anos do golpe que implantou a ditadura de 1964, que assassinou, torturou, censurou e cassou parlamentares que lutaram pela democracia.
A postagem da convocação não tem o nome dos organizadores, é apócrifa.
Bolsonaro apoiou indiretamente o chamado golpista, publicando no Twitter um questionamento feito pela jornalista Vera Magalhães sobre ele autorizar ou não aquele tipo de ato, na qual aparecia a imagem do chamamento.
“Agora que fez uma fala conciliatória, cabe ao presidente desmobilizar esse ato golpista no aniversário do golpe. Ou então as instituições não confiarão nesse convite que ele fez ao diálogo”, cobrou a jornalista pelo Twitter.
Para os militares, nos grupos de WhatsApp do alto oficialato das três Forças Armadas, o chamado é uma provocação barata, que visa associá-los aos atos que pedem o fechamento do Congresso e do Supremo.
No ano passado, a idéia de Bolsonaro de “comemorar” o golpe de 1964 provocou repúdios de várias entidades, personalidades, políticos, incomodou as Forças Armadas e teve o efeito contrário. Manifestações contra o golpe tomaram conta de todo o país no dia do golpe.
No domingo (15), Jair Bolsonaro desacatou a orientação do próprio Ministério da Saúde, da Organização Mundial de Saúde (OMS) e dos médicos para prevenção contra o novo coronavírus e foi ao ato golpista em Brasília.
Ele teve contato com apoiadores, sem máscara no rosto, e elogiou a mainfestação: “não tem preço o que as pessoas estão fazendo”.
O ato do domingo foi pífio, pouco menos de 15 mil pessoas em 49 cidades brasileiras.