A direção do Partido Comunista da Federação Russa divulgou este documento resgatando o papel do líder revolucionário que faleceu no dia 15 de janeiro:
Victor Ivanovich Ampilov, um dos mais brilhantes líderes políticos dos anos 90, foi fundador do movimento político “Rússia dos Trabalhadores”.
Homem íntegro e sincero, altamente educado, formado pela Universidade Estatal de Moscou, que falava fluentemente três línguas estrangeiras, tinha experiência de trabalho jornalístico no exterior e na transmissão da Televisão Estatal e da Rádio da URSS.
A trajetória profissional de Victor Ampilov começou na escola técnica, depois na fábrica combinada Taganrog. Trabalhando, ele se formou na escola noturna. Depois, veio o exército, ingressou nas tropas de mísseis. Durante o serviço, desenvolveu um fascínio sério pela física nuclear e, ao mesmo tempo, pelas letras, pelos poemas de Byron, que o jovem Ampilov lia na língua original. Prevaleceu a sua dedicação às ciências humanas e, depois, ao final do serviço militar, tornou-se jornalista de um periódico regional. Seu talento foi notado – e Victor Ivanovich se destacou no curso de Jornalismo na Universidade Estatal de Moscou.
Na Universidade, Ampilov dominou o espanhol e estudou também português, trabalhou como jornalista em Cuba e correspondente militar na Nicarágua onde, naquela época, havia uma guerra e os Estados Unidos faziam um bloqueio naval à República.
Desde o início das ações criminosas de Gorbachev e Yeltsin, que levaram ao colapso da União Soviética, V. I. Ampilov assumiu uma posição civil e patriótica ativa, denunciou seus planos destrutivos de transformação do socialismo em capitalismo criminoso. Ele organizou enormes manifestações contra a arbitrariedade de Yeltsin.
Em 1993, após a tomada do Conselho Supremo, Ampilov foi preso e mantido em isolamento na prisão “Lefortovo”.
O Presidium do Comitê Central do Partido Comunista da Federação Russa expressa suas sinceras condolências aos camaradas, parentes e amigos de Victor Ivanovich. Ele permanecerá para sempre nos anais do país e na memória do povo como um tribuno ardoroso, um orador convincente e um lutador sincero pelos interesses dos trabalhadores.
Presidium do CC do PCFR