O Ministério da Saúde anunciou no domingo (22) que os novos teste rápidos para coronavírus chegarão ao Brasil nas próximas semanas.
O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, deu mais detalhes sobre os testes e repetiu que a prioridade dos testes serão os profissionais de saúde. Os testes dão resultados em minutos.
O secretário afirmou que os novos testes são produzidos por uma empresa chinesa e são aprovados por agências reguladoras da China e pela Comissão Europeia, mas ainda não são validados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O objetivo é verificar quais desses profissionais que tenham apresentado algum sintoma foram contaminados pelo coronavírus e quais podem retornar ao trabalho.
Atualmente os testes para coronavírus podem levar de 15 minutos a 7 dias.
“Por isso, nós temos o uso para o teste rápido muito limitado”, explicou Oliveira. “Ele é um teste para vigilância epidemiológica.”
No sábado (21), ele anunciou que irá distribuir 10 milhões de testes rápidos para os estados para ampliar o número de pacientes testados para o novo coronavírus no país.
Hoje, em razão do número de testes disponíveis, são avaliados apenas os casos considerados graves. Com isso, pacientes com sintomas leves não recebem a confirmação do coronavírus. Com a aquisição dos testes rápidos, a pasta quer aumentar o número de verificação.
Wanderson Oliveira afirmou ainda que o governo se prepara para aumentar os testes do tipo PCR, que permitam diagnóstico clínico e em tempo real e sejam realizados por máquinas, preferencialmente sem a necessidade de interação humana, para evitar manipulação de material.
A intenção, segundo Oliveira, é aumentar o número de testes desse tipo para quando a epidemia chegar ao auge no Brasil, “pensando numa escala de 30 mil a 50 mil exames por dia”.
Até o domingo, o Brasil tinha 1.546 casos confirmados de novo coronavírus e 25 mortes, segundo o balanço do governo federal.
Foram relatados 418 casos a mais em relação ao balanço anterior, de sábado, um aumento de 37%. E 7 mortes foram contabilizadas nas últimas 24 horas.
Todas elas aconteceram em São Paulo, que agora soma 22 mortes. E também é o local com maior número de casos, com 631 – até sábado eram 459. O Rio de Janeiro contabiliza 3 mortes.