Após um dia de greve nesta quinta-feira, os metroviários de São Paulo convocam agora a categoria e a população para um ato nesta sexta-feira, 19, às 9 da manhã na Bolsa de Valores, contra o leilão das Linhas 5-Lilás (Capão Redondo-Chácara Klabin) e 17-Ouro (Congonhas-Morumbi).
Durante greve, a 12ª Vara da Fazenda Pública da Capital chegou a conceder liminar suspendendo a privatização das Linhas. O Metrô e governo entraram com recurso e a liminar foi derrubada pelo presidente do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, permitindo a manutenção do leilão.
De acordo com o Sindicato dos Metroviários, a entidade apresentou um documento à Justiça paulista denunciando que o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) está direcionando a licitação de concessão das Linhas para garantir a vitória da atual concessionária da linha 4-Amarela (Butantã-Luz), a CCR, formada por Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Triunfo Participações. “A licitação das linhas 5 e 17 é completamente viciada. São cartas marcadas. A própria CCR vai ganhar, é a única empresa que atende os requisitos técnicos e a única que fez visita às linhas para avaliá-las”, afirmou o coordenador do sindicato Wagner Fajardo.
Para o Sindicato, a decisão da Justiça que suspendeu o leilão “demonstra para a sociedade as ilegalidades e a maracutaia que representa essa licitação”.