O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou que o fato de Bolsonaro e de setores de empresários realizarem uma campanha contra a quarentena “é de uma total insensatez para não dizer criminoso”.
“Ontem [sábado (28)] aqui em Goiânia tinha uns 14 ou 15 em BMW, Land Rover, sem apoio nenhum, dizendo que precisa trabalhar”, prosseguiu.
Caiado afirmou que o setor privado o tem pressionado para afrouxar o distancimaneto social em Goiás.
“Primeiro, se eu começar a abrir tenho que ter critérios claros e condições que não colapsem o quadro hospitalar. Isso vou segurar com mão de ferro. Segundo, eu disse a eles ‘vocês vão ter que assinar um termo de acordo se responsabilizando pelas pessoas que tiverem sido contaminadas ou se contaminarem dentro da empresa de vocês’. Porque agora pedem para abrir e daqui a 20 dias vão dizer que o povo está morrendo porque não tem UTI. Não podem querer ficar bonzinhos nas duas fotos”, disse, em entrevista à Folha.
O governador goiano afirma que é “urgência urgentíssima” o governo Bolsonaro tomar medidas o mais rapidamente possível para garantir a alimentação das pessoas.
Ele diz que é a única forma para conseguir manter os cidadãos em casa e poder prosseguir na linha do isolamento social para enfrentamento ao coronavírus.
“Vamos fazer o atendimento social rápido, urgente, emergencial, ou vamos dar motivação para população promover a desobediência civil para se alimentar e sobreviver”, disse Caiado.