O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), publicou decreto na terça-feira (31) estendendo a quarentena até o dia 13 de abril, mas advertiu que o último dia de recolhimento social “será quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) disser que isso acabou”.
Oficialmente a quarentena no DF iria até o dia 5.
“Não tem último dia de quarentena. O último dia será quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) disser que isso acabou, que teremos tratamento e que pudermos sair com segurança”, disse Ibaneis. “A gente tem que ir fazendo isso aos poucos, liberando alguns setores que possam voltar ao trabalho, com menos impacto e que ajudem a população. Só isso.”
Ibaneis está analisando alguns setores específicos, como oficinas mecânicas, que não têm aglomerações. “Estamos analisando casa a caso. Vamos cobrar compromissos de higienização, mas tudo está sendo analisado”, disse.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o governador reconheceu que, na prática, trata-se de uma formalidade a data de 13 de abril, já que o pico da Covid-19 no país está estimado para ocorrer entre a segunda quinzena de abril e início de maio. Sobre as aulas e reabertura de escolas, não há previsão de nenhum retorno antes de junho. Ele informou que outro decreto deve ser publicado nesse sentido.
O governo do DF já havia liberado a abertura de correspondentes bancários e lotéricas, que atendem muitas pessoas que recebem benefícios sociais.
Ibaneis tomou a decisão de prorrogar a quarentena levando em conta números do Ministério da Saúde que apontam o Distrito Federal como a unidade da federação mais vulnerável à contaminação. Hoje o DF lidera o ranking no país, são 10 infectados por 100 mil habitantes, enquanto a média nacional é de 2.