O Hospital de Campanha do Pacaembu, na Zona Oeste de São Paulo, começou a receber os primeiros pacientes nesta segunda-feira (6). Esses primeiros pacientes com Covid-19 começaram a chegar no final da manhã ao local.
Por volta das 11h chegou a primeira ambulância com o primeiro paciente que estava no Pronto-Socorro do Hospital do Tatuapé, na Zona Leste da capital. Outros dois doentes que estavam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Campo Limpo, na Zona Sul da capital chegariam na sequência. Depois chegaram ambulâncias com mais dois pacientes da UPA de Pirituba, Zona Norte.
A previsão é de que a cada meia hora, no mínimo, o Pacaembu vá recebendo infectados pela doença. Segundo a Secretaria da Saúde, 48 pacientes têm a transferência autorizada para o Hospital de Campanha.
Esse intervalo é importante para favorecer a organização das equipes médicas que estão no hospital de campanha no Pacaembu para receber os doentes. Já existem 100 pacientes da rede pública de São Paulo para serem transferidos para o local. Todos sairão de UPAs e Pronto-Socorros.
PRESSÃO
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse na segunda-feira (6), que dos 200 leitos de observação disponíveis no Hospital de Campanha do Pacaembu, 25% deverão estar ocupados a partir desta terça-feira, 7. Nesta segunda, o hospital recebeu o primeiro paciente. Para a avaliação de Covas, “em breve, todos os leitos estarão ocupados”.
Segundo o prefeito, apesar da criação de 3 mil novos leitos (900 de UTI e 2.100 de observação), “neste fim de semana, começamos a sentir a pressão sobre o sistema de Saúde da cidade de São Paulo”. De acordo com Covas, caso as orientações de quarentena do governo do Estado sejam seguidas, a quantidade de leitos disponíveis serão suficientes para suportar a crise causada pela Covid-19.
A tenda de 6,3 mil metros quadrados foi erguida em 10 dias. Há 200 leitos disponíveis para pacientes de baixa ou média complexidade diagnosticados com o coronavírus. Cada doente deverá ser internado durante 14 dias. Se o caso ficar mais grave, será encaminhado a hospitais de referência.
O local funcionará de portas fechadas, ou seja, quem tiver sintomas não deve procurar o espaço. O atendimento é destinado exclusivamente a pacientes diagnosticados com coronavírus transferidos da rede municipal da saúde.
O objetivo do Hospital de Campanha do Pacaembu é liberar os leitos dos hospitais municipais, de maior complexidade para internação de pacientes com quadros mais graves, particularmente aqueles com necessidade de internação em unidade de terapia intensiva (UTI).
O serviço de saúde vai atender a população com 520 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais, divididos em três turnos. Outro hospital de campanha está sendo construído na cidade, no Centro de Convenções do Anhembi. A cidade de São Paulo tem o maior número de pessoas infectadas pelo coronavírus no estado, que concentra o maior número de casos do Brasil e 275 mortes contabilizadas até o fechamento desta matéria.