O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que passou 14 dias afastado por ter contraído o coronavírus, relatou a sua experiência e defendeu a quarentena na sessão da terça-feira (7), em que retomou, à distância, suas funções à frente Casa.
“Não é apenas uma gripe”, rebateu Alcolumbre, que dizem “que a gente tem que ter”.
“E eu vejo que temos a responsabilidade de tratar essa situação com a preocupação que ela exige de todos nós”, alertou o presidente do Senado.
“Senti muita dor de cabeça, mal-estar, tosse, muita dor no peito. Foram dias de muito desconforto”, descreveu.
“Foram 7 dias muito difíceis, e os outros 7 dias até completar os 14 dias recuperando gradativamente a condição”, continuou.
O presidente do Senado enfatizou que o coronavírus é algo que requer a preocupação de todos. “Quero dividir com vocês que precisamos, sim, se preocupar com essa questão. Não podemos relevar, não podemos desconsiderar”. Alcolumbre pediu ainda para que os senadores tenham a convicção de que ficar em casa é uma “decisão acertada”.
O senador frisou que as manifestações dos seus colegas são neste sentido, mas fez questão de relatar o que lhe aconteceu, evocando ainda os seus colegas Nelsinho Trad (PSD-MS) e Prisco Bezerra (PDT-CE), ambos diagnosticados com a Covid-19.
O presidente do Senado agradeceu o apoio de todos e especialmente ao senador Antonio Anastásia (PSD-MG), vice-presidente do Senado que o substituiu durante o período em que esteve afastado.
“Só com muita serenidade, com muita tranquilidade e com muita altivez a vamos conseguir superar essa crise juntos. Nós faremos essa travessia e eu não tenho dúvida do espírito público de todos os líderes deste país, de todos os parlamentares, que têm compromisso com a população, que foram legitimados pelo voto e têm autoridade para estar aqui definindo o destino do nosso país, de milhões de brasileiros”, afirmou Alcolumbre.
Jair Bolsonaro classificou o coronavírus como uma “gripezinha”, “resfriado” e disse que todos devem pegá-la. Por isso, ele é contra a quarentena e as medidas de prevenção recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde (MS).
Com informações da Agência Senado