O Brasil passou das mil mortes pelo novo coronavírus nessa sexta-feira, 10, e tem quase 20 mil pessoas diagnosticadas com a Covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde.
Nas últimas 24 horas, foram 116 novas mortes e 1.781 casos a mais, elevando os números para 1.056 óbitos e 19.638 casos confirmados da doença em todas as unidades federativas. A taxa de letalidade do Covid-19 também subiu, passando de 5% no balanço de ontem, para 5,4%.
O Estado de São Paulo segue o mais afetado, com 8.216 casos e 540 mortes, seguido por Rio de Janeiro (2.464 e 147 óbitos) e Ceará (1.478 e 58 óbitos).
Os idosos seguem as maiores vítimas do coronavírus. A maioria dos que morreram tinha ao menor um fator de risco, como doenças associadas, em especial cardiopatias e diabetes. Entre as pessoas com menos de 60 anos, chama a atenção a ocorrência de asma e obesidade.
De acordo com o ministério, são considerados em estado de emergência para o coronavírus o Distrito Federal e os estados: Amazonas, Amapá, São Paulo, Ceará e Rio de Janeiro. A justificativa para essa classificação é que essas unidades da federação tem taxa de incidência dos casos acima da média nacional.
Enquanto a “incidência nacional” é de 9,3 casos a cada 100 mil habitantes, o número chega a 23,3 no Amazonas.
100 mil mortes no mundo
A Covid-19, doença causada pelo coronavírus, deixou mais de 100 mil mortos em todo o mundo até esta sexta-feira, 10, segundo levantamento da universidade norte-americana Johns Hopkins. O número de infectados pelo novo coronavírus passou de 1,6 milhão.
Até esta sexta-feira, 10, ao menos 100.376 pessoas morreram em decorrência do coronavírus.
A Europa é o continente mais afetado, com quase o dobro das vítimas registradas na América, segunda região com mais mortes no mundo. A África é o continente menos afetado pela doença, com menos 500 mortes.
Entretanto, o epicentro da pandemia passou a ser os Estados Unidos nas últimas semanas, tornando-se tornaram o país com mais mortes pela doença. Apenas no estado de Nova York, mais de 7 mil pessoas morreram.
O recorde diário no país foi de 1.973 óbitos na quinta-feira, 9.
No Brasil, coronavírus já matou mais que dengue, sarampo ou gripe
A Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, já matou mais pessoas em 45 dias do que dengue, H1N1 e sarampo mataram ao longo de todo o ano passado.
Segundo levantamento do jornal O Globo, ao longo de 2019, a dengue, que é endêmica no Brasil, provocou 782 mortes. O vírus H1N1, que causa um dos tipos de gripe, vitimou 796 pessoas, e o sarampo, 15.
Ainda assim, os números da dengue preocupam. Segundo o Ministério da Saúde, até o dia 28 de março, 148 pessoas morreram devido à doença, 64 delas no Paraná.
O total de casos de dengue no país, no mesmo período, é de 484.249, 15% acima do registrado no mesmo intervalo de 2019, quando foram 420.911 notificações.
Com a alta, especialistas e autoridades sanitárias estão em alerta, já que enfrentam a luta contra a Covid-19 e seu acelerado aumento do número de casos, além do eminente colapso no sistema de saúde.