O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que “somente um ‘cavaleiro do apocalipse’ pode chamar de ‘farra fiscal’ medidas em debate na Câmara e no Senado, que visam garantir sustentação de serviços públicos essenciais ao Brasil, não a Estados ou municípios”.
O Congresso Nacional está discutindo uma ajuda da União para os estados e municípios, como recomposição pelos ICMS (imposto estadual) e do ISS (municipal). O valor estimado é de R$ 35 bi para os estados e R$ 5 bi para os municípios.
Para Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, que não querem gastar um tostão para frear a propagação do coronavírus no país, isso é uma “pauta bomba”. E ainda fazem chantagem: para a liberação do dinheiro, teriam que suspender os reajustes salariais dos servidores públicos.
Flávio Dino destacou que a “Constituição adota o federalismo cooperativo, que deve ser praticado”.
Mais do que nunca, economizar durante a crise do coronavírus significa vidas perdidas. Bolsonaro e Guedes ainda tentam colocar a culpa nos parlamentares, governadores e prefeitos.
O governador do Maranhão ainda criticou o boicote de Bolsonaro à quarentena. “Este, ao passear em Brasília e gerar aglomerações, afrontou as orientações técnicas do Ministério da Saúde. Portanto, sabotou o trabalho de Mandetta”, disse.