“Provocação deliberada”, foi como o chanceler russo, Sergei Lavrov, qualificou as declarações da Casa Branca de manter uma “força de segurança norte-americana permanente na Síria”.
As intenções explicitadas pelos apoiadores dos terroristas na Síria são de manter bases militares tanto ao norte do país, fronteira com a Turquia, como ao sul, fronteira com o Iraque.
“No acompanhamento deste curso em direção a uma grosseira interferência nos assuntos sírios, foi anunciado que forças de sergurança de fronteira seriam alocadas”, prossegue Lavrov, dizendo que, após algumas “ridículas declarações” para desmentir a informação, estamos diante do fato de que, no concreto, toda a atividade, mostra “ou uma incapacidade de entender a situação ou uma deliberada provocação”.
Enquanto os representantes das forças curdas estão convidados para o Congresso do Diálogo Nacional Sírio a se realizar na cidade russa de Sochi, o presidente turco, Tayyip Erdogan, ordenou a forças de seu país atravessarem a fronteira e invadirem a região chamada de Afrin sob domínio das milícias autodenominadas de Forças Democráticas Sírias às quais ele chamou, em pronunciamento em Ancara de “força terrorista formada pelos Estados Unidos em nossa fronteira”.
O Partido Patriótico Turco declarou que apoia a ação militar do governo turco, mas observa que “a chave de ouro para o sucesso da operação é a cooperação com a Síria”, o que significa participar da corrente anti-terrorismo formada pela Síria, Rússia, Irã e Iraque e contribuir para vencer a traição norte-americana, isolando os EUA. O PPT, também declara que a resposta do governo turco deve ser o fechamento do acesso militar norte-americano à base aérea de Incirlik.
O Ministério do Exterior da Síria declarou a ocupação dos EUA “ilegítima” e que “representa uma flagrante violação da lei internacional e agressão a soberania nacional síria”.