Enquanto a mídia dos EUA vive acusando a Rússia de “interferir nos outros países”, o vice de Obama, Joe Biden, se vangloriou de ter demitido em menos de seis horas o procurador-geral ucraniano, já no governo Poroshenko.
Não foi explicado no que o procurador-geral Viktor Shokin estava contrariando Washington, ou quem sabe, só o próprio Biden, cujo filho, aliás, depois do golpe da CIA em Kiev, virou diretor jurídico da maior empresa privada de gás ucraniana, a Burisma.
“Eu olhei para eles e disse: vou embora em seis horas. Se o promotor não for demitido, você não recebe o dinheiro “, relatou Biden durante uma reunião do Conselho de Relações Exteriores dos EUA.
O “eles” se referia, além do fantoche Poroshenko, ao então primeiro-ministro, Arseny Yatsenyuk – aliás, o “Yats” nomeado pelo telefone para o cargo pela subsecretária de Estado Victoria Nolan, no famoso episódio do “que a União Europeia se dane”.
O incidente a que Biden se referiu aconteceu no final de março de 2016. Shokin foi realmente removido de seu cargo pelo parlamento ucraniano em 29 de março de 2016. Dois dias depois, Biden comunicou que o governo dos EUA ia fornecer mais US$ 335 milhões para “reformas” do setor de segurança da Ucrânia. Ele também acrescentou que estavam “abertas” as possibilidades de “fornecer a garantia para o terceiro empréstimo de US$ 1 bilhão”.