No sábado (9), o Brasil registrou a trágica marca de 10.627 mortes por coronavírus, com 730 óbitos nas 24 horas completadas no dia. O recorde tinha sido registrado na sexta-feira (8), com 751 mortes num dia.
O Ministério da Saúde contabilizou 155.939 casos confirmados de coronavírus no país.
O ministério também informou que o país bateu o recorde de confirmações de casos de Covid-19 em 24 horas, com 10.611 novos diagnósticos entre sexta e sábado.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decretou luto oficial por três dias pelos mais de 10 mil mortos por Covid-19.
O Congresso Nacional também decretou luto oficial de três dias pela triste marca do número de vítimas pelo coronavírus.
Em nota, os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) prestaram solidariedade às famílias das vítimas e afirmaram que o Parlamento “não está indiferente” à situação.
“Mesmo chorando a morte dos nossos irmãos e irmãs brasileiros, conclamamos todos a manter as recomendações das autoridades de saúde, diminuindo o ritmo dessa terrível doença, enquanto nos preparamos para um retorno seguro e definitivo à normalidade”, diz a nota conjunta.
Já Bolsonaro continua tripudiando e ignorando a tragédia provocada pelo coronavírus. Primeiro, anunciou que faria um churrasco no sábado no Palácio da Alvorada. Em tom de deboche, desistiu diante da repercussão negativa e declarou que era “fake”.
Em seguida foi passear de jet ski no lago Paranoá, em Brasília.
A bordo da moto aquática e sem máscara, ele tirou fotos com apoiadores que se aglomeraram em um deck.
Em vídeo gravado por tripulantes de um barco, que preparavam um churrasco e filmaram o encontro com o presidente, a autoridade máxima do país voltou a zombar das mortes pelo coronavírus. “É uma neurose. 70% [da população] vai pegar o vírus”, declarou.
Último presidente a se deixar fotografar pilotando um jet ski, o senador Fernando Collor (PROS-AL) comentou uma postagem que o comparava a Bolsonaro. “Se continuar assim, vai afundar”, comentou Collor com ironia.
No dia 28 de abril, uma terça-feira (quase duas semanas), ao ser informado que o Brasil havia somado 5.017 mortes por Covid-19, e que tinha superado o total de mortos da China, Bolsonaro reagiu com desprezo.
“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, disse, em referência ao próprio sobrenome.