O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), rebateu Bolsonaro que criticou com vilania o lockdown (bloqueio total) decretado pela Justiça no estado para conter a propagação do coronavírus.
O governo do estado atendeu a determinação da Justiça, preservando as atividades essenciais.
“Bolsonaro inicia o domingo me agredindo e tentando sabotar medidas sanitárias determinadas pelo Judiciário e executadas pelo Governo. E finge estar preocupado com o desemprego. Deveria então fazer algo de útil e não ficar passeando de jet ski para “comemorar” 10.000 mortos”, escreveu o governador no Twitter.
“Se Bolsonaro morasse em São Luís, não teria como se deslocar para apoiar coronavírus, passear de jet ski e fazer números de “humor”. Por isso ele se preocupou com a restrição a atividades não essenciais. Afinal, o seu atual cotidiano nada tem de essencial para a nossa Nação”, continuou.
Pela rede social, Bolsonaro postou um vídeo sem data especificada, comparando situação no Maranhão com a Venezuela.
O vídeo mostra supostamente um policial militar, com a bandeira do Maranhão estampada na farda, em um procedimento de revista dentro de um ônibus. Ele pede às pessoas sem documento e/ou “declaração de que vai trabalhar” que desçam do coletivo. Não é possível identificar a autoria do vídeo, muito menos se ele foi realmente registrado no sistema de transporte público maranhense.
A declaração de deslocamento por “atividade essencial” está dentro das exceções previstas pelo decreto que endurece a quarentena em virtude do avanço do coronavírus do estado.
“Documento e declaração de que vai trabalhar”… Se não tem desce. Assim o povo está sendo tratado e governado pelo PCdoB/MA e situações semelhantes em mais estados. O chefe de família deve ficar em casa passando fome com sua família. Milhões já sentem como é viver na Venezuela”, escreveu Bolsonaro.
A ajuda emergencial aprovada pelo Congresso no dia 30 de março para que os mais vulneráveis possam ficar em casa sem passar fome até agora não foi paga para dezenas de milhões de brasileiros.