Na terça-feira (21/05), pela manhã, alguém disse, na Internet, que o verdadeiro objetivo das supostas manifestações bolsonaristas do próximo dia 26 é “defender Flávio Bolsonaro”.
Não seria algo para se prestar atenção por mais que alguns minutos, não fosse a fonte emissora: uma ala da direita, muito ativa na campanha de Bolsonaro, mas que está contra a manifestação, talvez porque, mesmo na extrema-direita, são raros os que são tão doidos quanto o zero-um, o zero-dois, o zero-três e o zero-zero (sobretudo este último).
Mas a interpretação sobre as projetadas manifestações faz sentido.
Comecemos, então, pelo começo.
Onde está Fabrício Queiroz, o faz-tudo de Bolsonaro, que movimentou R$ 7 milhões em sua conta, enquanto estava lotado no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro?
O sujeito sumiu há meses, desde uma cirurgia, em São Paulo, no mês de janeiro.
Ninguém viu mais Queiroz depois disso. Alguns disseram que ele estava em São Paulo; uma ex-mulher disse que ele se mudara para Curicica – que não é muito longe da sua antiga residência, na Taquara.
Mas ninguém viu Queiroz – seja em São Paulo, Curicica ou na Taquara.
Agora mesmo, seu advogado tenta anular, algo desesperadamente, a quebra de seu sigilo (aliás, essa é a prova mais irretorquível de que Bolsonaro mentiu, ao dizer que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras – Coaf – já quebrara o sigilo de Queiroz e de seu filho, Flávio, ilegalmente, desde o ano passado).
Mas Queiroz não apareceu.
Um jornal chegou a falar no “fantasma de Queiroz”, que estaria assombrando a família Bolsonaro.
O fato é que Bolsonaro, desde a quebra dos sigilos de seu filho, Flávio Bolsonaro – e de Queiroz – tem se mostrado ainda mais desequilibrado que o habitual (íamos escrevendo “mais do que o normal”, porém, nosso gosto pela falta de lógica tem um limite).
É verdade que Bolsonaro tem, também, outros motivos para isso.
Entretanto, as investigações por ora centradas no gabinete de seu filho, têm a propriedade de conduzi-lo a um estado especialmente irracional, o que é quase um fenômeno extrassensorial, considerando o estado basal do elemento.
Como disseram alguns, ele não parece entender que a lei é (ou deve ser) para todos. É verdade que, nisso, não é um sujeito original – como, aliás, em nada.
Mas não parece ser apenas essa crença, de que está acima da lei, que o deixa pior que um Napoleão de hospício.
Até agora, desde que o Coaf se deparou com as movimentações financeiras anômalas de Queiroz, o que apareceu?
Primeiro, que a honestidade da família Bolsonaro é proporcional ao caixa a que ela tem acesso. Daí os desvios de Queiroz, o faz-tudo da família, e os depósitos esquisitos que permeiam essa história – inclusive na conta de Flávio Bolsonaro e na conta da esposa de Jair Bolsonaro.
Segundo, apareceram algumas coisas estarrecedoras sobre os vínculos dos Bolsonaros com as chamadas milícias, mesmo antes que o assassino da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, fosse preso na porta de sua casa, na mesma rua de Bolsonaro.
Sobre isso, coletamos, abaixo desta, uma série das nossas matérias sobre o assunto.
Aqui, apenas abordaremos a tramitação do caso – e as tentativas de abafá-lo.
Uma parte da cronologia abaixo foi elaborada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Outra parte foi organizada por nós.
C.L.
- 03 de janeiro de 2018 – Relatório do COAF é recebido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
O Relatório de Inteligência Financeira nº 2.7746 (RIF 2.7746), com 420 laudas, contendo informações sobre operações suspeitas de diversos agentes políticos e servidores públicos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), enviado espontaneamente pelo COAF, chega ao Ministério Público.
O próprio COAF agrupou os dados em 22 “núcleos” com movimentações financeiras atípicas.
Como o RIF encaminhado pelo COAF mencionava deputados estaduais, foi encaminhado à Procuradoria Geral de Justiça – medida obrigatória para pessoas com foro privilegiado.
- 10 de maio de 2018 – as movimentações de Fabrício Queiroz são enviadas à Procuradoria Geral de Justiça, por sua vinculação com o deputado estadual Flávio Bolsonaro.
No expediente MPRJ 2018.00452470 aparece, pela primeira vez, o fato de que Fabrício Queiroz estava no gabinete do deputado Flávio Bolsonaro.
- 30 de julho de 2018 – Emitida portaria para instauração de investigação criminal.
Os indícios de lavagem de dinheiro envolvendo parlamentares estaduais – em geral -, servidores e ex-servidores da Alerj, e pessoas próximas a eles, levam ao início da investigação.
- 06 de agosto de 2018 – Coaf envia novo Relatório de Inteligência Financeira (RIF 34670).
O RIF 34670 complementa as informações do RIF inicial (n° 27746).
- 08 de novembro de 2018 – Operação Furna da Onça.
O Ministério Público Federal deflagra a Operação Furna da Onça, com a prisão e denúncia contra deputados da Alerj e assessores parlamentares (v. “Furna da Onça” vê transação suspeita de R$ 1,2 milhão de assessor de Flávio Bolsonaro).
- 22 de novembro de 2018 – Primeira notificação de Fabrício Queiroz para prestar depoimento.
O depoimento foi marcado para o dia 04/12/2018 às 14h.
- 04 de dezembro de 2018 – Fabrício Queiroz não comparece para depor.
- 05 de dezembro de 2018 – defesa de Queiroz obtém cópia da investigação.
- 06 de dezembro de 2018 – advogado pede nova data.
O advogado Cezar Tanner solicita o adiamento do depoimento de Queiroz. No mesmo dia, o depoimento é marcado para o dia 19/12/2018.
Também no mesmo dia, o jornal “O Estado de S. Paulo” publica matéria divulgando o relatório do COAF sobre movimentações financeiras suspeitas de servidores da Alerj, com menção ao deputado Flávio Bolsonaro e seu assessor Fabrício Queiroz (cf. Coaf relata conta de ex-assessor de Flávio Bolsonaro).
- 12 de dezembro de 2018 – Flávio Bolsonaro fala sobre as irregularidades.
Em matéria no site G1, Flávio Bolsonaro diz: “Não fiz nada de errado, sou o maior interessado em que tudo se esclareça pra ontem, mas não posso me pronunciar sobre algo que não sei o que é, envolvendo meu ex-assessor”.
O senador eleito declarou que conversou com Queiroz, que lhe contou “uma história bastante plausível”, sem “ilegalidade” nas movimentações financeiras.
Mas não diz qual foi essa história (cf. ‘Não fiz nada errado’, diz Flávio Bolsonaro sobre movimentação milionária de ex-assessor).
- 14 de dezembro de 2018 – esposa e filhas de Queiroz são notificadas para depoimento.
Nathália Queiroz e Evelyn Queiroz, filhas de Fabrício Queiroz, e sua esposa, Márcia de Oliveira Aguiar, são notificadas pelo Ministério Público para depoimento no dia 19/12/2018.
São notificados, também, Márcia Cristina Santos, Jorge Luís de Souza, Wellington Sérvulo, Agostinho Silva, Luíza Paes e Raimunda Magalhães, mãe do chefe do Escritório do Crime, Adriano da Nóbrega – todos funcionários ou ex-funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro. Com exceção de Agostinho Silva (v. abaixo) nenhum se apresentou até agora para prestar depoimento.
Além disso, o Ministério Público solicitou ao COAF a ampliação das informações do RIF 27746, referentes ao período de abril de 2007 até dezembro de 2018, em relação a Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, Nathália Queiroz, Evelyn Queiroz e Márcia de Oliveira Aguiar, além de outras pessoas referidas na comunicação inicial do COAF.
O Ministério Público requisitou que a Alerj informasse as datas de pagamento dos salários, e demais verbas remuneratórias e indenizatórias, dos servidores concursados e comissionados, desde 01/04/2007 até dezembro/2018.
- 19 de dezembro de 2018 – Queiroz e família faltam ao depoimento e advogado pede nova data.
O novo advogado de Queiroz, Paulo Klein, informa ter sido contratado na véspera e pede o adiamento dos depoimentos, informando que Queiroz foi “acometido por inesperada grave crise de saúde” (v. Assessor de Bolsonaro não aparece na Justiça para explicar R$ 1,2 milhão na conta).
O Ministério Público muda a data dos depoimentos de Queiroz e seus familiares, pela terceira vez, para 21/12/2018, notificando o advogado.
Flávio Bolsonaro diz a “O Globo”: “Quem tem que dar explicação é o meu ex-assessor, não sou eu, A movimentação atípica é na conta dele. Deixa eu trabalhar, deixa eu trabalhar. Não tem nada de errado no meu gabinete!” (cf. Vai sobrar para o Queiroz?).
- 21 de dezembro de 2018 – Queiroz e família não comparecem, outra vez, ao depoimento.
O advogado de Queiroz e seus familiares pede outro adiamento dos depoimentos (v. Assessor de Bolsonaro zomba do país e não aparece em nova convocação do MPE).
Os funcionários Jorge Luís de Souza e Márcia Cristina Santos não comparecem aos depoimentos marcados para este dia.
O depoimento de Flávio Bolsonaro é marcado para 10/01/2019.
O depoimento do funcionário Agostinho Silva é marcado para 11/01/2019.
- 26 de dezembro de 2018 – Queiroz aparece no SBT.
Na TV, Queiroz declara: “Eu sou um cara de negócios. Eu faço dinheiro. Eu faço, assim, eu compro, revendo, compro, revendo. Compro carro, revendo carro. Eu sempre fui assim. Sempre. Eu gosto muito de comprar carro em seguradora. Na minha época, lá atrás, comprava um carrinho, mandava arrumar, vendia. Tenho segurança” (v. “Eu faço dinheiro”, disse Queiroz sobre os R$ 1,2 milhão flagrados em sua conta).
- 27 de dezembro de 2018 – Advogado de Queiroz comunica doença.
Atestado médico declara que Queiroz fora diagnosticado com câncer de cólon e que seria submetido a uma cirurgia de urgência.
- 03 de janeiro de 2019 – Bolsonaro (pai) ataca o COAF.
Em entrevista ao SBT, Jair Bolsonaro defende Queiroz e seu filho, Flávio Bolsonaro. E mente, ao dizer que o COAF quebrou ilegalmente o sigilo de Queiroz: o órgão apenas encaminhara casos com movimentações financeiras suspeitas, na Assembleia Legislativa do Rio, ao Ministério Público (v. Bolsonaro ataca Coaf: “quebrou sigilo de Queiroz sem autorização judicial”).
- 08 de janeiro de 2019 – Queiroz e família não comparecem outra vez ao depoimento.
O advogado de Queiroz declara que este fora submetido a uma cirurgia para retirada do tumor em 01/01/2019, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e que seus familiares mudaram-se para aquela cidade para acompanhar seu tratamento, juntando imagens de Queiroz no leito do hospital, bem como imagens de exames pré-operatórios (v. Familiares de Queiroz não comparecem a depoimento e MPRJ reage).
- 10 de janeiro de 2019 – Flávio Bolsonaro não comparece ao depoimento e concede entrevista ao SBT.
Na data sugerida por ele mesmo junto ao MPRJ, Flávio Bolsonaro requer, por petição própria, cópia integral dos autos e informa que “assim que tiver acesso aos autos e pleno conhecimento da matéria, informará uma data e local para prestar os devidos esclarecimentos”.
Na entrevista ao SBT, Flávio Bolsonaro diz: “Eu não sei o que as pessoas do meu gabinete fazem da porta para fora, nem ele, nem de ninguém. Reafirmo que não posso ser responsabilizado por atos de terceiros, como parte da grande mídia tenta, a todo custo, induzir a opinião pública”.
- 15 de janeiro de 2019 – Queiroz aparece dançando no hospital.
O supostamente moribundo Queiroz aparece em vídeo, dançando no hospital em que estava internado. Queiroz afirma que está “revoltado” com a divulgação do vídeo: “É muita maldade. Foram cinco segundos que quis dar de alegria a uma tristeza que tomava conta dentro da enfermaria em que eu me encontrava”, diz ele (v. Depois de dançar no hospital, Queiroz se diz “revoltado” com divulgação do vídeo).
- 16 de janeiro de 2019 – Suspensão das investigações pelo STF.
O ministro Luiz Fux, do STF, respondendo a uma Reclamação de Flávio Bolsonaro, suspende as investigações até que o relator dessa Reclamação, ministro Marco Aurélio, então em férias, se pronuncie (v. Fux suspende investigações sobre Queiroz a pedido de Flávio Bolsonaro).
- 18 de janeiro de 2019 – Entrevista de Flávio Bolsonaro à TV Record.
Na TV, o filho de Bolsonaro diz que não se esconde atrás de foro privilegiado “nenhum” e que prestará os “devidos esclarecimentos”.
Entretanto, em seu pedido ao STF para impedir as investigações sobre Queiroz, alega sua condição de detentor de foro privilegiado, como senador eleito.
Mas, diz ele:
“Não é que tenho o foro, é um questionamento. O STF é o único órgão que pode falar sobre o foro, Vou aonde tiver que ir para esclarecer qualquer coisa.
“A ideia era para cumprir a obrigação legal, Estavam desobedecendo entendimento do STF na decisão sobre foro competente.
“Está escrito que eles (STF) têm de analisar caso a caso qual é a competência.
“Teve quebra de sigilo da minha movimentação bancária.
“Por que não tem o mesmo tratamento com os outros assessores dos outros deputados? Não quero privilégio nenhum, só quero o mesmo tratamento”.
Na verdade – e o filho de Bolsonaro não tinha como não saber disso – houve o mesmo tratamento para, ao todo, 545 funcionários da Alerj, ligados a 22 parlamentares.
- 21 de janeiro de 2019 – Novo relatório do COAF mostra que Queiroz movimentou R$ 7 milhões.
Relatório de Inteligência Financeira (RIF) revela que “Queiroz não movimentou, em sua conta, apenas R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Na verdade, Queiroz movimentou R$ 7 milhões. Nos dois anos anteriores a janeiro de 2016, Queiroz movimentou R$ 5,8 milhões. O que significa uma média de R$ 2 milhões e 300 mil por ano, entre 2014 e 2017, sem renda ou patrimônio que expliquem o fenômeno” (v. Queiroz não movimentou R$ 1,2 milhão; movimentou R$ 7 milhões, diz Coaf).
- 25 de janeiro de 2019 – Bolsonaro destrata jornalista que lhe perguntou sobre relação de seu filho com as milícias.
Em Davos, Suíça, onde foi participar do Fórum Econômico Mundial, Jair Bolsonaro, ao ser perguntado pela repórter Lally Weymouth, do The Washington Post, sobre o envolvimento de seu filho mais velho, o deputado estadual, e senador eleito pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, com as milícias que atuam no Estado, respondeu: “não é da sua conta” (v. Bolsonaro à repórter estrangeira que perguntou sobre os ilícitos de Flávio: “não é da sua conta”).
- 26 de janeiro de 2019 – Coaf conclui que movimentações financeiras de Flávio Bolsonaro são incompatíveis com sua renda.
Novo relatório do COAF, divulgado pela revista “Veja”, mostra que as movimentações financeiras de Flávio Bolsonaro, entre 1º de agosto de 2017 e 31 de janeiro de 2018, não são congruentes com a renda declarada pelo filho de Bolsonaro no mesmo período (v. Renda de Flávio Bolsonaro não sustenta sua movimentação financeira, diz Coaf).
- 1º de fevereiro de 2019 – O STF determina a continuação das investigações.
O ministro Marco Aurélio acaba com a tentativa de Flávio Bolsonaro de esconder-se por trás do foro privilegiado – o mesmo que os Bolsonaro condenavam, até a última eleição – e determina a continuidade das investigações (v. Marco Aurélio nega foro privilegiado e autoriza investigação de Flávio Bolsonaro).
- 20 de fevereiro de 2019 – Funcionário do gabinete de Flávio Bolsonaro diz que desvio para a conta de Queiroz era “investimento”.
Em depoimento ao Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro (MPE-RJ), Agostinho Moraes da Silva, ex-policial lotado no gabinete de Flávio, admitiu que repassava 60% de seu salário a Queiroz. Segundo disse, esse repasse era para que Queiroz investisse na compra de carros usados (v. Laranja diz que repasse de salário a Queiroz era “investimento”).
- 28 de fevereiro de 2019 – Queiroz muda a versão sobre depósitos.
Finalmente, Fabrício Queiroz, através de seu advogado, apresentou uma espécie de depoimento, em uma petição, ao Ministério Público.
Nesse documento, contou uma nova história sobre os depósitos em sua conta: “Com a remuneração de apenas um assessor parlamentar eu conseguia designar alguns outros assessores para exercer a mesma função, expandindo a atuação parlamentar do deputado”.
Não esclareceu quem eram esses outros “assessores”, extraoficiais, que ele pagava com o dinheiro desviado dos salários dos assessores oficiais.
Mas garantiu que jamais disse ao deputado Flávio Bolsonaro que esse esquema existia, porque “nunca reputou necessário expor” ao seu chefe “a arquitetura interna do mecanismo” (v. Queiroz confessa lavagem de dinheiro mas jura que Flávio “não sabia de nada”).
- 15 de abril de 2019 – Ministério Público pede a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Flávio Bolsonaro, Queiroz e mais 84 pessoas (e nove empresas).
Os promotores do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC), e da 24ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 13ª Central de Inquéritos, pedem ao juiz Flávio Itabaiana que quebre os sigilos dos envolvidos, entre 2007 e 2018 (v. Ministério Público: de onde vem o dinheiro de Queiroz?, e, Para MP, compra e venda de 19 imóveis por Flávio é “lavagem de dinheiro”).
- 24 de abril de 2019 – Justiça quebra o sigilo de Flávio Bolsonaro, Queiroz e mais 84 pessoas.
- 26 de abril de 2019 – Flávio Bolsonaro tenta, outra vez, impedir investigações.
O desembargador Antônio Carlos Nascimento Amado, da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), negou mais um pedido de Flávio Bolsonaro para suspender as investigações do Ministério Público (v. Justiça derruba mais uma manobra de Flávio para abafar caso Queiroz).
- 16 de maio de 2019 – Bolsonaro declara em Dallas: “Ninguém vai me pegar”.
“Ninguém vai me pegar”, disse Bolsonaro, nos EUA, sobre a quebra dos sigilos bancário e fiscal do seu filho, Flávio Bolsonaro, e de seu faz-tudo, Fabrício Queiroz, de cinco assessores diretos do então deputado Jair Bolsonaro, que também foram assessores do filho, e 9 empresas (v. “Ninguém vai me pegar”, diz Bolsonaro).
- 19 de maio de 2019 – Justiça amplia quebras de sigilo.
Na quarta-feira (15/05) a Justiça do Rio de Janeiro determinou que a Receita terá de encaminhar ao Ministério Público todas as notas fiscais de bens e serviços adquiridos entre 2007 e 2018 por Flávio Bolsonaro, por Queiroz e por mais seis pessoas e uma empresa (v. Cerco se fecha sobre Flávio Bolsonaro. Justiça amplia quebra de sigilos e Os negócios suspeitos de Flávio Bolsonaro).
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