A Executiva Nacional do PDT, reunida nesta quarta-feira na sede nacional do partido, em Brasília, declarou seu “apoio crítico à candidatura de Fernando Haddad para evitar a vitória das forças mais reacionárias e atrasadas do Brasil e a derrocada da democracia”. “Nossa posição é muito mais contra o Bolsonaro do que a favor do Haddad”, disse, em entrevista, o presidente do partido, Carlos Lupi.
“As nossas divergências são várias, mas agora não é hora de olharmos as nossas divergências. É hora de olhar para o Brasil. Na nossa opinião está em risco a democracia brasileira. Nós já sofremos 1964, nós sabemos o que foi 68. Nós somos filhos e netos dos que sofreram por causa da ditadura. Nós somos um partido dos cassados, dos oprimidos, dos exilados e dos mortos. Nós não esquecemos essa memória”, afirmou Lupi.
“É em nome dessa memória que nós queremos alertar o povo brasileiro do risco que o Brasil corre elegendo essa personalidade que hoje engana o povo brasileiro”, destacou o dirigente pedetista. A decisão foi anunciada em uma nota, divulgada pelo partido após a reunião da executiva.
No último domingo (7), logo após a confirmação o resultado do primeiro turno, Ciro Gomes já havia sinalizado também que se somaria contra Bolsonaro ao afirmar que a história dele é de “defesa da democracia e contra o fascismo”. Questionado sobre quem apoiaria no segundo turno e respondeu “ele, não”, uma referência ao movimento #EleNão, contrário a Jair Bolsonaro. Ao deixar o encontro do PDT desta quarta-feira, Ciro afirmou: “Abaixo o fascismo! Pela democracia! Abaixo a ditadura! Ditadura nunca mais!”