
A perícia realizada no celular do policial federal Wladimir Soares revelou que a organização criminosa que tentou dar um golpe de Estado preparou um grupo armado para assassinar os opositores de Jair Bolsonaro, entre eles ministros do Supremo Tribunal Federal.
Em relatório, a PF contou que o agente “admitiu, em mensagem de áudio, que integrava uma equipe de operações especiais, que estava pronta para defender o então presidente Jair Bolsonaro, com um poder de fogo elevado para, em suas próprias palavras, ‘empurrar quem viesse à frente’”.
Em uma gravação, Wladimir falou que “a gente tava preparado para isso, inclusive. Para ir prender o Alexandre de Moraes. Eu ia estar na equipe, ia botar para foder nesse filho da puta, mas não é assim”.
“A gente tava pronto, só que aí o presidente… Esperávamos só o ok do presidente, uma canetada para a gente agir. Só que o presidente deu para trás. A gente ia com muita vontade, ia empurrar meio mundo de gente, pô, matar meio mundo de gente. Não ia estar nem aí”,
Questionado pelo interlocutor o que significava dizer que Bolsonaro “deu para trás”, o agente da PF explicou que o ex-presidente já planejava fugir.
“Bolsonaro faltou um pulso para dizer: não tenho general, tenho coronel, vamos com os coronéis que a tropa toda queria. Só os generais que não deixaram”, continuou.
Na avaliação da PGR, Wladimir Soares participaria do plano “Punhal Verde e Amarelo”, que também tinha o próprio Lula como alvo para os assassinatos. Ele ainda repassava informações da segurança de Lula para pessoas ligadas a Jair Bolsonaro.