
Após um encontro não agendado com Bolsonaro na manhã de domingo (10), no Palácio da Alvorada, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, exonerou o coronel-aviador da reserva Ricardo Wagner Roquetti do cargo de diretor de Programa da Secretaria-Executiva da pasta.
A determinação veio após críticas de Olavo de Carvalho a Roquetti no Twitter. Integrantes do grupo olavista divulgaram nas redes sociais que Bolsonaro ordenou ao ministro, indicado ao cargo pelo astrólogo e autoproclamado “filósofo”, o afastamento do diretor.
Na sexta-feira (8), Olavo falou sobre uma “zona no MEC” e que Roquetti influenciava negativamente Ricardo Vélez ao “afastar o ministro de pessoas próximas ligadas a ele”, em referência a alunos e integrantes que compartilham de suas ideias.
Nas redes sociais, ele escreveu que militares induzem Vélez a tomar “atitudes erradas” e lançam a culpa nos seus alunos. “São trapaceiros e covardes”, acusou. Olavistas instalados no MEC acusaram Roquetti de “isolar” o ministro e de ser responsável pelo afastamento deles.
“Com o tempo, a influência do coronel sobre Vélez aumentou, e ele acabou abandonando qualquer pretensão de ter uma função específica (…) Perambulava pelo gabinete como a eminência parda do ministro, dando ordens, tomando decisões, indicando amigos para os cargos que vagavam”, disse no Facebook o assessor Silvio Grimaldo, que foi afastado na sexta.
Integrantes do MEC disseram, no entanto, que os funcionários foram afastados depois do episódio da carta enviada às escolas pelo ministro – recomendando a leitura de um slogan de campanha de Bolsonaro – e por tomarem posições com viés ideológico.
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