“Há momentos em que, antes de uma aliança determinar a sua missão, é a própria missão que determina a sua aliança. É o que vemos acontecer aqui, hoje, entre PT, PSB, Solidariedade, Rede, PV, PCdoB e PSOL”, disse o ex-governador
Geraldo Alckmin (PSB) foi oficializado no sábado (7) como vice de Lula num animado evento com mais de 4 mil pessoas no Expo Center Norte, em São Paulo. “Nenhuma divergência do passado, nenhuma diferença no presente, nem as disputas de ontem, nem eventuais discordâncias de hoje ou de amanhã, nada, absolutamente nada, servirá de razão, desculpa ou pretexto para que eu deixe de apoiar e defender, com toda a minha convicção, a volta de Lula à presidência do Brasil”, disse o ex-governador de São Paulo.
Alckmin destacou questões importantes para a atual quadra histórica brasileira, de ameaças fascistas. “A democracia é marcada, sim, por disputas. Disputas fazem parte do processo democrático. Mas, acima das disputas, algo mais urgente e relevante se impõe: a defesa da própria democracia”, apontou. “E quando essa defesa reclama a formação de alianças, e as alianças são construídas graças à persuasão, e não à cooptação por verbas ou ao aliciamento por cargos, essa conjunção de forças políticas torna-se uma formidável conquista”, acrescentou Alckmin.
“O Brasil sobrevive hoje ao mais desastroso e cruel governo da sua história. Perdulário nas despesas públicas, hipócrita no combate à corrupção, patrocinador de conflitos temerários e querelas inúteis, despreparado na condução da economia, ineficiente administrativamente e socialmente injusto e irresponsável”, afirmou o vice de Lula.
“Há momentos em que, antes de uma aliança determinar a sua missão, é a própria missão que determina a sua aliança. É o que vemos acontecer aqui, hoje, entre PT, PSB, Solidariedade, Rede, PV, PCdoB e PSOL, além de valorosas lideranças políticas, das mais diversas convicções ideológicas, que aqui comparecem, patriótica e corajosamente, independente da presença institucional de seus próprios partidos, para dar ainda mais força e representatividade à nossa união no cumprimento da nossa missão”, prosseguiu.
Nesta altura de sua fala, Alckmin revelou o ambiente descontraído do momento e falou sobre a nova dupla qque se formou para enfrentar Bolsonaro. “Mesmo que muitos discordem da sua opinião de que lula é um prato que cai bem com chuchu (o que acredito venha ainda a se tornar um hit da culinária brasileira), quero lhe dizer, perante toda a sociedade brasileira: muito obrigado”.
“Serei um parceiro leal, seriamente compromissado com o seu propósito de fazer do Brasil um país socialmente mais justo, economicamente mais forte, ambientalmente mais responsável e internacionalmente mais respeitado”, acrescentou. “E para isso acontecer, temos uma grande luta pela frente. Uma luta pela mudança. E, aqui, faço um chamado público às demais forças políticas do país que trabalham por essa mesma mudança: venham se juntar a nós!”, conclamou.
“As próximas eleições guardam uma perigosa peculiaridade: será um grande teste para a nossa democracia. E que ninguém duvide disso: sem Lula, não haverá alternância de poder no país. E sem alternância de poder, não haverá garantias para a nossa democracia. Lula é, hoje, a esperança que resta ao Brasil. Não é a primeira, a segunda nem a terceira. Ele é a única via da esperança para o Brasil”, disse Alckmin.
“E como se não bastasse o risco para a democracia, o futuro do Brasil também está em jogo. Por isso, quando a ignorância se une à mentira como estratégia política para demonizar eleições livres e aviltar a democracia, não devemos vacilar: o caminho é com Lula. Quando brasileiros são relegados à própria sorte em meio às mazelas de uma pandemia letal, não devemos aceitar: vamos responder com Lula”, prosseguiu.
“Quando as injustiças sociais grassam por omissão do governo, e a pobreza e a miséria assumem dimensões vergonhosas e intoleráveis, não podemos hesitar: a solução virá com Lula. Quando as instituições nacionais sofrem agressões e ameaças contra o desempenho de suas funções soberanamente asseguradas pela Constituição, não nos cabe duvidar: a razão deve falar mais alto e devemos todos estar do mesmo lado”, apontou Geraldo Alckmin.