A Rússia anunciou na quinta-feira (27) a assinatura de um acordo com a UNICEF (Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas para a Infância) para o fornecimento de 220 milhões de doses do imunizante russo contra o Covid-19, Sputnik V.
Essa quantidade de vacinas que o Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI) fornecerá pode vacinar 110 milhões de pessoas.
“A RFPI tem orgulho de apoiar os esforços globais da UNICEF e de seus parceiros para garantir acesso igual e amplo às vacinas contra o novo coronavírus para todos os países. A vacinação é a melhor maneira de derrotar a pandemia, ajudar as pessoas a se sentirem seguras, restaurar as economias e retornar à vida normal”, afirmou Kirill Dmitriev, diretor-geral do fundo que financia o desenvolvimento do imunizante.
A aquisição e entrega da vacina pela UNICEF está sujeita à obtenção da Sputnik do Procedimento de Listagem para Uso de Emergência (EUL, na sigla em inglês) da Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão é esperada para breve.
Dmitriev destacou que a vacina russa “já é usada em mais de 40 países e esse número continua aumentando à medida que continuamos as entregas para nossos parceiros todos os dias”.
O diretor-geral do RFPI afirmou que espera “a conclusão bem-sucedida do processo de pré-qualificação da OMS e a obtenção da EUL para começar a entregar suprimentos de Sputnik V através da UNICEF para salvar milhões de vidas”.
O Fundo Russo está tratando com a Aliança Global para Vacinas e Imunização (GAVI Alliance) para fazer com que a Sputnik V seja incluída no programa COVAX de vacinas contra a Covid-19 coordenado pela OMS que, juntamente com a UNICEF, visa contribuir para vencer a fase aguda da pandemia global, fornecendo acesso rápido, justo e equitativo a vacinas seguras e eficazes para todos os países participantes, particularmente àqueles com renda menor.
A eficácia da Sputnik V é de 97,6% com base na análise de dados sobre a taxa de infecção pelo SARS-CoV-2 entre aqueles que foram vacinados na Rússia com as duas doses de 5 de dezembro de 2020 a 31 de março de 2021.
A porcentagem na prática é maior do que a previsão de eficácia de 91,6%, calculada em uma análise provisória em ensaio publicado na revista científica britânica The Lancet, no início de fevereiro.