Mais de 295 procuradores assinaram um documento pedindo a demissão do secretário-geral da Procuradoria-Geral da República (PGR), Eitel Santiago.
No documento, que foi enviado para o procurador-geral da República, Augusto Aras, os procuradores afirmaram que houve uma “adesão coletiva de membros do Ministério Público Federal (MPF)” ao pedido de demissão feito pelo Conselho Superior do MPF.
O Conselho pediu que Aras avaliasse “a oportunidade e conveniência na manutenção” de Eitel Santiago como secretário-geral depois de dizer, em entrevista à CNN, que “as forças-tarefas do MPF funcionam, por vezes, de forma ilegal” e que “prisões foram usadas pela Lava Jato para forçar colaborações premiadas e ‘como instrumento de tortura’ de investigados”.
Segundo Santiago, os opositores do governo Bolsonaro “precisam compreender que foi Deus o responsável pela presença de Bolsonaro no poder”. Sobre a pandemia do coronavírus, disse que “o Altíssimo vai, no momento certo, acabar com esse sofrimento”.
Eitel foi candidato a deputado federal em 2018 pelo Progressistas e apoiou Bolsonaro.
Para os membros do Conselho Superior, Santiago, “surpreendendo a tudo e a todos, manifestou uma série de impressões e avaliações políticas em relação à atividade finalística de membros do Ministério Público Federal, desbordando em muito do universo de suas competências administrativas”.