O presidente palestino, Mahmud Abbas, acusou o movimento Hamas de minar o objetivo nacional do estabelecimento de um Estado da Palestina que inclua toda a Cisjordânia ocupada e a Faixa de Gaza, hoje sob cerco, ameaçando frustrá-lo”.
Abbas discursou em uma cerimônia em memória ao 14º aniversário da morte de Yasser Arafat, também chamado de Abu Amar (o Pai da Construção, pelo seu papel em erigir, em termos políticos, a nacionalidade palestina). O ato cívico palestino aconteceu diante do túmulo de Arafat ao lado da Mukata, o palácio presidencial palestino, localizado na cidade cisjordana de Ramallah, no dia 11.
Ele enfatizou que “existe uma conspiração Americana, que estão chamando de ‘Negociação do Século’ e há uma conspiração israelense para forçar esta falsa negociação”.
Abbas acrescentou: “Para meu desânimo, existe outra conspiração vinda do Hamas para minar o Estado independente. Mas nem o ‘Negócio do Século’ nem o plano do Hamas para barrar o estabelecimento de um Estado da Palestina vão nos submeter”.
Ele informou que o Conselho Central Palestino decidiu tomar decisões significativas nos próximos dias afirmando: “Vamos tomar medidas duras contra o Hamas nos próximos dias”.
“Nós continuaremos a lutar pelo direito do povo palestino à autodeterminação e ao estabelecimento de seu Estado independente”, prosseguiu o presidente palestino.
“Israel está enviando dinheiro ao Hamas para estabelecer um Estado nas fronteiras da Faixa de Gaza mantendo a Cisjordânia sob ocupação”, denunciou.
“Ninguém jamais vai esquecer que Yasser Arafat é a decisão independente palestina que ele manteve apesar de todos os complôs e obstáculos. Ninguém vai esquecer que Yasser Arafat foi quem declarou a Organização de Libertação da Palestina, OLP, como a única e legítima representante do nosso povo palestino”, finalizou.
As declarações de Abbas não impediram a OLP de condenar o brutal ataque israelense a Gaza com a destruição criminosa da TV Al Aqsa.
Uma multidão desfilou nas ruas de Ramallah com bandeiras palestinas e do Fatah (Partido criado por Arafat).
NATHANIEL BRAIA