Bolsonarista atira em acampamento do PT em Curitiba

Vídeo de segurança mostra atirador portão do acampamento

Jefferson Lima de Menezes, atingido de raspão no pescoço, na madrugada do dia 28 de abril, por uma das balas disparadas contra o acampamento do PT em Curitiba, declarou que, antes, o atirador gritou “Bolsonaro presidente!”.

Além de Jefferson, uma mulher foi atingida por estilhaços, na concentração de apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro.

Câmeras de segurança mostraram um homem com uma arma, atirando em direção ao acampamento. É possível ver, pelo vídeo, dois disparos. Testemunhas dizem que houve ameaças antes dos tiros.

O presidente do PT do Paraná pediu que o policiamento no local seja reforçado. A Prefeitura de Curitiba voltou a pedir a transferência de Lula da PF para outra prisão, por questões de segurança.

O clima, no bairro em que se instalou o acampamento é tenso, com reclamações de moradores contra o barulho.

Da mesma forma que a agressão, em frente ao Instituto Lula, em São Paulo, no dia 5 de abril, do empresário Carlos Alberto Bettoni, por apoiadores de Lula, o episódio precisa ser urgentemente esclarecido. No caso de Bettoni, que sofreu traumatismo cranioencefálico e passou 22 dias hospitalizado – 19 dos quais em UTI – a polícia indiciou o ex-vereador do PT, em  Diadema, Manoel Eduardo Marinho, vulgo Maninho, seu filho, Leandro, e o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, Paulo Cayres, conhecido como Paulão, que negou ter participado da agressão.

O tiro contra o acampamento do PT mostra a necessidade de acabar com essa escalada de estupidez – antes que aconteça algo ainda mais grave.

O que não é aceitável – e o que aconteceu em Curitiba deixa, mais uma vez, claro – é que indivíduos desequilibrados e com tendências fascistas agridam ou atirem em pessoas por discordar de suas opiniões. Assim como está enfrentando a impunidade dos ladrões do colarinho branco, a polícia e a Justiça têm que dar também um corretivo nesse bando de marginais.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *