ABI vai denunciar judicialmente Hugo Motta por crime de responsabilidade

Hugo Motta, presidente da Câmara (Foto: Kayo Magalhães - Câmara dos Deputados)

Presidente da Câmara cortou o sinal da TV Câmara e mandou a polícia legislativa reprimir violentamente os jornalistas na terça-feira (9)

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) anunciou que vai acionar judicialmente o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos – PB), por crime de responsabilidade pelas agressões a jornalistas e cerceamento da imprensa que aconteceram na última terça-feira (9).

Motta deu ordens para desligar a transmissão da TV Câmara e à Polícia Legislativa para impedir a cobertura dos jornalistas sobre as ações contra o deputado Glauber Braga (PSol-RJ), que ocupou a cadeira da Presidência.

Glauber foi retirado à força da cadeira pelos policiais. Enquanto os deputados Orlando Silva (PCdo-B-SP), Alencar Santana (PT-SP), Samia Bomfim (PSOL-SP) e Lindbergh Farias (PT-RJ) tentaram mantê-lo na cadeira, em solidariedade. O parlamentar saiu com o terno rasgado e com escoriações pela violência do ato.   

Os jornalistas foram empurrados, agredidos e impedidos de se aproximarem para noticiar. Um cinegrafista do canal Globonews foi retirado à força do plenário.

Leia a íntegra nota da ABI:

ABI vai acionar judicialmente Hugo Motta por crime de responsabilidade

 Associação Brasileira de Imprensa, por meio do escritório Nicodemos Advogados Associados, vai tomar três iniciativas jurídicas e institucionais contra o Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, em relação às violências cometidas pela Polícia Legislativa, na sessão da terça-feira (9), contra jornalistas, parlamentares e servidores da Casa e a liberdade de imprensa:

  1. Representação na Procuradoria Geral da República, por crime de responsabilidade pelo fato ocorrido no interior da Câmara de Deputados, com afetação ao direito à liberdade de imprensa e expressão;
  2. Informe-Denúncia Internacional à Relatoria Especial de Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA; e
  3. Representação na Comissão de Ética da Câmara de Deputados contra o Presidente Hugo Mota, por quebra de decoro parlamentar e infração disciplinar.

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