
A entidade reafirma seu compromisso em atuar para que o País mantenha sua capacidade produtiva e preserve postos de trabalho
A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT) manifestou apoio às medidas anunciadas pelo governo Lula no Plano Brasil Soberano, anunciado na quarta-feira (13),”voltadas a mitigar os impactos das tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais”.
Entre as medidas, estão R$ 30 bilhões que o governo vai disponibilizar para linhas de crédito com juros mais baixos, a ampliação das compras governamentais, mais tempo para o pagamento de impostos, extensão do prazo do drawback e aumento do benefício do Reintegra. Aos empréstimos com juros subsidiados deverá haver uma contrapartida da manutenção de postos de trabalho.
A indústria têxtil e de confecções no país é um dos ramos industriais mais afetados pelo tarifaço de 50% imposto por Trump, com prejuízos estimados em R$ 500 milhões anuais para as empresas exportadoras para os EUA, com o risco às 6 mil empregos diretas e 15 mil indiretos, de acordo com a Abit.
“Eu acho que o plano vai ser extremamente importante para que a gente possa mostrar que ninguém vai ficar desamparado por conta da taxação do presidente Trump”, afirmou o presidente Lula, durante o lançamento do Brasil Soberano.
O plano teve boa receptividade e o apoio de entidades empresariais como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje), entre outras.
Leia a seguir a íntegra da nota da ABIT
A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) manifesta seu apoio às medidas anunciadas pelo Governo Federal, no âmbito do Plano Brasil Soberano, voltadas a mitigar os impactos das tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais.
As ações apresentadas — incluindo linhas de crédito com juros acessíveis, prorrogação de prazos do regime de drawback, diferimento de tributos federais, reforço aos fundos garantidores, compras governamentais, modernização do sistema de exportação e ajustes no Reintegra — representam passos relevantes para preservar a competitividade das empresas, proteger empregos e fortalecer o setor produtivo.
A Associação seguirá contribuindo, de maneira proativa, com novas proposições e aperfeiçoamentos que ampliem a efetividade dessas medidas, em estreito diálogo com as autoridades públicas. A entidade ressalta a importância de que o Congresso Nacional analise com rapidez as propostas encaminhadas e que sua implementação pelo Executivo seja ágil e eficaz, garantindo que os benefícios cheguem rapidamente às empresas e aos trabalhadores diretamente impactados.
A Abit destaca, ainda, que é fundamental manter a agenda de negociações com os Estados Unidos. Também cabe avançar para a conclusão de acordos estratégicos, como o da União Europeia–Mercosul e Mercosul–EFTA, que podem ampliar mercados, diversificar destinos de exportação e fortalecer a inserção internacional do Brasil.
A entidade reafirma seu compromisso em atuar para que o País mantenha sua capacidade produtiva, preserve postos de trabalho e continue avançando em competitividade, sustentabilidade e integração global.