
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que é um “absurdo” subir a taxa de juros “para remunerar a agiotagem financeira” e deixar a população mais pobre fora do orçamento.
“É inacreditável a falta de preocupação social. Subir a taxa de juros a níveis aberrantes para remunerar a agiotagem financeira, que amplia a dívida pública, tudo bem? Absurdo! Incluir os pobres no orçamento é solução e não problema”, afirmou o parlamentar.
Na quarta-feira (7), o Banco Central decidiu aumentar em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros, passando de 14,25% para 14,75%.
Na publicação feita no X (antigo Twitter), Orlando criticou a proposta do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, de congelar o salário mínimo no patamar atual por seis anos, novamente defendida pelo economista em entrevista.
O objetivo do Banco Central ao aumentar os juros é frear o crescimento do país ao sufocar a economia. Em entrevista, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, falou que “vamos colocar a taxa de juros no patamar que for restritivo o suficiente e no patamar necessário para cumprir a meta [de inflação]”.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central “impõe um fardo ainda mais pesado à economia, com consequências negativas para o emprego, a renda e o bem-estar da população”.
A estimativa feita pela CNI é de que o Brasil cresça somente 2,3% em 2025, o que “representaria o menor crescimento da economia nos últimos cinco anos e está diretamente relacionado à política monetária contracionista”, afirmou o presidente da CNI, Ricardo Alban.