Indicado para novo cargo do ministério da economia em Washington receberá R$ 75 mil por mês
Sob a chancela do governo que dizia ter acabado com a mamata, Carlos Costa, atualmente secretário de Produtividade e Competitividade do ministério da Economia de Paulo Guedes, aumentou o próprio salário em 310% e passará a ganhar R$ 75 mil nos Estados Unidos.
O assessor aceitou a “indicação” para chefiar um novo escritório idealizado por ele mesmo que atenderá em Washington, nos Estados Unidos, e para isso emitiu um parecer técnico autorizando o aumento para US$ 13,3 mil mensais. A justificativa de Costa para o gordo reajuste – seu salário atual está em torno de R$ 18 mil mensais – é que assumirá um cargo de grande importância na capital norte-americana, para a qual é necessária “senioridade máxima”.
O ex-secretário ainda levará para Washington um assessor pessoal, que ganhará US$ 12,8 mil ou R$ 72,3 mil mensais. Por ano, considerando todos os encargos, a dupla custará R$ 1,97 milhão aos cofres públicos, sem contar as despesas com auxílio-moradia e seguro-saúde.
Uma outra reportagem publicada pelo UOL em novembro mostra que um grupo de servidores do Ministério da Economia ganhou quase R$ 1 milhão com gratificações, os chamados jetons, no ano passado. As verbas extras se somaram aos salários. Com isso, a maioria deles recebeu acima do teto constitucional, hoje em torno de R$ 39 mil, chegando a R$ 54 mil em um mês.
O mesmo ministro que autoriza os supersalários de seus subordinados diretos é grande defensor do arrocho dos salários dos servidores públicos médios e das rendas dos trabalhadores em geral.
Aos brasileiros que, pelo segundo ano consecutivo, ficarão sem aumento real no salário mínimo e sofrem com a carestia, os privilégios dados aos aliados de Guedes são um grande ultraje.