“Acabou qualquer tipo de confiança no Bolsonaro”, afirmam empresários

Bolsonaro e Moro. Foto José Cruz/Agência Brasil

O pedido de demissão do ministro Sérgio Moro ruiu o apoio do grupo de empresários que se organizam em torno Instituto Brasil 200 ao governo de Jair Bolsonaro. “Acho que todos que acreditaram no discurso do combate a corrupção se sentem traídos”, afirmou Gabriel Kanner, presidente do grupo, que foi categórico ao afirmar que Bolsonaro não tem mais o apoio dos empresários. 

“Para mim acabou qualquer tipo de confiança ou apoio que a gente poderia dar a este governo, me sinto traído, Bolsonaro é um traidor da pátria, disse à Folha de São Paulo.

“A confiança de todos foi traída, não apenas pela saída do Sergio Moro, mas as acusações feitas são graves e mostram outra faceta do presidente”.

O juiz Sergio Moro saiu do Ministério da Justiça nesta sexta-feira (24) afirmando que o Jair Bolsonaro tentou interferir em investigações da Polícia Federal. 

O grupo presidido por Kanner apoiou Bolsonaro e a agenda econômica do governo desde o início do mandato e foi fundado por empresários como Flavio Rocha (Riachuelo) e João Apolinário (Polishop). “É uma pena. Moro é um patrimônio nacional, a principal bandeira do governo, da primeira bandeira, que é o combate à corrupção”, afirmou Rocha. 

Outro apoiador fervoroso de Bolsonaro, Luciano Hang, da rede de varejo Havan, manifestou apoio a Moro através das redes sociais: “O povo brasileiro estará sempre ao seu lado. Estamos juntos”. 

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Uma resposta

  1. É lastimável a forma como é conduzida a política nacional com os patetas ,sem experiência ,brincando de gestores .
    O país dia após outro está caminhando em direção a um horizonte inexistente.
    O executivo está mutilado sem os membros inferiores o que antecipa uma tragédia nacional
    O caos é iminente e com a pandemia do covid19 a supremacia do estado brasileiro na América latina sucumbiu.
    Os frequentes erros da diplomacia levaram o país ao descrédito tornando _o uma republiqueta de bananas
    A economia já débil não se recupera se os empresários não tiverem confiança naquele que tem a chave de efetuar mudanças.
    A Questão é prática.
    Se o presidente não consegue aglutinar seu grupo de trabalho,como os bancos e os investidores vão ter coragem de criar uma planta para implantar uma indústria?
    Se os micro ,e médios empresários estão se afogando para onde vão migrar as forças de trabalho?
    Prof e ecojornalista Eliseu Joner

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