Voltaram a defender os crimes dos estupradores e a punição às suas vítimas para desviar o assunto sobre o golpe de Bolsonaro e a tentativa de assassinato de autoridades pelos golpistas
Em meio ao relatório da Polícia Federal recheado de provas contundentes de que Jair Bolsonaro e seu círculo íntimo de colaboradores pretendiam dar um golpe de Estado e assassinar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, deputados ligados ao esquema tentaram desviar a atenção da sociedade reapresentando na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a proposta de punição às vítimas de estupro.
Já amplamente rejeitada pela sociedade, a proposta, aprovada na CCJ, quer criminalizar mulheres vítimas de estupro que fazem aborto. Este procedimento, nestas circunstâncias, é considerado legal pela legislação brasileira.
As jovens estupradas seriam obrigadas, pela proposta bolsonarista, a levar a gravidez adiante sob pena de prisão. Ou seja, os deputados ligados a Bolsonaro estão claramente agindo em defesa dos estupradores e punido as vítimas de estupro.
Atualmente a legislação brasileira prevê o aborto legal em três situações vividas pela mulher. Quando elas são vítimas de estupro, quando há anencefalia do feto – quando o feto não tem cérebro – ou quando há risco de vida para a mãe. Os grupos fascistas que atuam na Câmara dos Deputados querem derrubar esta lei e proibir qualquer tipo de aborto. Neste caso, os deputados bolsonaristas não estão fazendo outra coisa que não defender descaradamente os estupradores e perseguir as mulheres vítimas desses criminosos.
O projeto pró-estuprador não tem o menor respeito pela situação de uma mãe com uma criança sem cérebro ou que esteja em risco de vida no parto. Esta aberração é de autoria do ex-deputado federal Eduardo Cunha, cassado por corrupção, formação de quadrilha e desvio de dinheiro público. A PEC foi protocolada em maio de 2012, menos de um mês depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir descriminalizar a interrupção da gravidez quando é constatada anencefalia do feto via laudo médico.