Acusação a Bolsonaro de crime no relatório final é inevitável, diz Randolfe

Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI, ao lado do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão. Foto: Edilson Rodrigues - Agência Senado
Na reta final, CPI da Covid-19 no Sendo recebe, nesta quarta-feira (6), o diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Paulo Roberto Rebello Filho

O vice-presidente da CPI da Covid-19, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou em entrevista à CNN nesta quarta-feira (6), antes desta que é a penúltima oitiva da CPI e da apresentação do relatório final do inquérito, que a imputação de dolo ao presidente Jair Bolsonaro “é inevitável”.

“O presidente é candidato ao indiciamento em vários aspectos. Existe elemento de crime de epidemia, charlatanismo, de prevaricação, como ocorreu no depoimento dos irmãos Miranda, sem embargo de outros. A atribuição de dolo [ao presidente] é inevitável dentro do relatório e os tipos penais a serem enquadrados também que serão vastos, acredito”, disse Randolfe.

O senador também afirmou que o relatório final da CPI vai indiciar mais de 50 pessoas. Em entrevista à CNN na terça-feira (5), o relator Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que a comissão “com certeza” indiciará Bolsonaro.

“Com certeza será [indiciado]. Nós não vamos falar grosso na investigação e miar no relatório. Ele [Bolsonaro] com certeza será, sim, pelo que praticou”, disse Renan.

Na reta final, a CPI ouve nesta quarta-feira o diretor-presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), Paulo Roberto Rebello Filho. Para Randolfe, a situação da ANS “é um caso clássico de omissão e prevaricação”.

Este é o penúltimo depoimento da CPI, que está na 63ª reunião nesta quarta-feira.

M. V.

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