A CTB será a anfitriã da reunião do Conselho Presidencial da FSM. Já estão confirmados mais de 50 países e pelo menos 100 lideranças sindicais internacionais
Em entrevista para o HP, Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), declarou “que é chegada a hora de libertar os povos das amarras desse capitalismo anacrônico, que não tem mais nada a nos oferecer”. Considera que “o capitalismo, nos tempos de hoje, é excludente e marginal, tem a oferecer apenas o retrocesso econômico, a miséria de 2/3 do planeta, a degradação do meio ambiente e, no terreno político, o fascismo”. “Um capitalismo vocacionado a alicerçar o rentismo, a especulação financeira que esteriliza o trabalho”, afirmou.
A CTB será a anfitriã da reunião do Conselho Presidencial da FSM (Federação Sindical Mundial), que se realizará nos dias 1º e 2 de março, em São Paulo. Já está confirmada a presença de 50 países e pelo menos 100 lideranças sindicais internacionais. No dia 4 de março, a CTB, em parceria com a FSM e centrais sindicais do Brasil e do mundo, realizarão o seminário internacional “A crise do capitalismo e os seus impactos na organização sindical e no trabalho” na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados de São Paulo.
Segundo Araújo, “a reunião do Conselho Presidencial da FSM, no Brasil, não é uma mera reunião. Este evento acontece num momento singular para os trabalhadores de todo o mundo e para a Federação Sindical Mundial”, avaliou.
GENOCÍDIO
O Estado sionista de Israel desenterra um novo Nakba, catástrofe que impõe ao povo palestino ser refugiado em seu próprio território. A estratégia genocida é exterminar o povo palestino, apurado pelos constantes bombardeios impiedosos na Faixa de Gaza, contra hospitais e escolas, assassinando milhares de civis, na maioria mulheres e crianças inocentes. “Presidente Lula tem razão, os crimes são equiparáveis aos praticados por Adolfo Hitler. Chegou a hora do mundo exigir um cessar-fogo”, afirmou o presidente da CTB.
EUA
Os EUA apostam todas as fichas em investimento bélico e colocam em risco a sobrevivência da humanidade. Ampliaram, no último ano, os gastos militares para 900 bilhões de dólares, o que é um recorde para economia americana. Tentam esconder a gravíssima instabilidade econômica e a severa crise política com agressões criminosas à soberania das nações.
O mundo assiste a uma irresponsável corrida às armas, um perigoso aprofundamento e expansão do conflito no leste europeu. O quadro de intromissão da OTAN se soma às investidas do imperialismo norte-americano. A OTAN abastece de armas e bombas o governo fascista da Ucrânia desde o golpe de 2014. Está claro que as tentativas de ingerência têm a pretensão de estabelecer o cerco às fronteiras da Rússia, que não tem cruzado os braços. Ao contrário, tem enfrentado a fúria insana do governo norte-americano.
NOVA GEOPOLÍTICA
China, que não se submeteu ao neoliberalismo globalizado, há 12 anos é a 2ª maior potência mundial – conforme o FMI, se medido pelo poder de paridade de compra, já é 23% maior que o PIB dos EUA – em contraponto ao mundo em recessão. Esse redesenho vai configurando uma nova ordem geopolítica.
Adilson garantiu que a CTB irá “fortalecer a corrente de resistência anticapitalista, antimonopólio, antibloqueio, denunciar as agressões imperialistas, desenvolver a solidariedade entre os povos e a defesa dos direitos”. Disse que “hoje, mais do que nunca, vamos levantar a bandeira do desenvolvimento e que se alicerça na base da defesa de um projeto de transformação social mais radical, numa perspectiva socialista”.
LULA
O Brasil precisa da retomada do desenvolvimento nacional. Uma boa meta é atingir o crescimento de 2010, de 7%, patamar chinês. O presidente Lula está fazendo sua parte. Lançou o projeto Indústria Brasil. Se comprometeu a retomar as obras de infraestrutura paradas, especialmente de cunho social. Retomou o Minha Casa, Minha Vida.
Agora, se o Brasil quiser se aproximar do PIB de 2010 vai ter que retomar taxas de investimentos na base de 25%. Para isso é necessário o investimento público, a redução acentuada da taxa de juros, revisão do teto de gastos, reindustrializar o país, fomento à tecnologia, à inovação, restabelecimento de forma acelerada da engenharia nacional, retomada da política de conteúdo nacional, reestatização da Eletrobrás e o fomento da indústria naval. Só com povo na rua.
CARLOS PEREIRA