África do Sul investiga corrupção que levou o Estado a perder causas

“Poder ao povo, não aos corruptos”-The Conversation

Em suas medidas de combate à corrupção, governo do atual presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, abrirá investigações em todo o país contra um dos desvãos de uma corrupção através dos quais transitaram bilhões de dólares em dinheiro dos cofres públicos para sequiosos afanadores: promotores que perdiam casos intencionalmente.

Desde que assumiu o cargo, em fevereiro, Ramaphosa tem levado a frente uma política anticorrupção, visto que o país tem visto diversos escândalos nos últimos tempos.

Nesta terça-feira (14), o ministro da Justiça Michael Masuthua anunciou que agirá para sufocar a corrupção dentro da Procuradoria do Estado. Os procuradores, que prestam serviço legal para o Estado, estão sendo acusados de fazer acordo com os advogados privados, o que pode ter custado cerca de 80 bilhões de randes sul-africanos, equivalente a R$21 bilhões, aos cofres públicos.

Segundo Masuthua, questões que deveriam ter sido resolvidas pela corte foram resolvidas fora desta, em acordos entre servidores públicos e escritórios advocacia, que envolviam somas exorbitantes de dinheiro.

“Vai ser uma das maiores e mais abrangentes investigações que a instituição já realizou”, disse Masutha. “Quando você faz uma limpeza, você não pode deixar nenhum canto, porque é onde as baratas podem se esconder”, completou o ministro, encorajando o conjunto da sociedade a cooperar com as investigações.

A Unidade Especial de Investigações (UEI), instituição criada para o combate à corrupção, será utilizada para o caso. Segundo o chefe da UEI, Andy Mothibi, a ação envolverá nove províncias e durará um ano. Também serão investigados todos os envolvidos do setor privado.

“A investigação ajudará o Departamento de Justiça a resolver suas preocupações que foram levantadas pelo público, meio jurídico e outros departamentos do governo, em relação ao funcionamento e a conduta de alguns funcionários dentro da Procuradoria do Estado”, garantiu Mothibi.

Segundo o ministro da saúde Aaron Motsoaledi, metade dos US$ 21 bilhões empalmados fugiu por ralos abertos em sua pasta.

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