A Advocacia-Geral da União (AGU) atualizou os dados sobre a destruição dos bolsonaristas no Palácio do Planalto e nas sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu que sejam bloqueados R$ 18,8 milhões dos envolvidos para o ressarcimento.
Anteriormente, a AGU tinha informado um valor total de R$ 6,5 milhões. No entanto, a restauração dos prédios públicos que foram destruídos custará, pelo menos, R$ 18,8 milhões.
O maior dano aconteceu contra o Palácio do Planalto, estimado em R$ 7,9 milhões. No STF, o estrago foi de R$ 5,9 milhões, enquanto no Congresso Nacional foi de R$ 6,5 milhões.
O cálculo para o ressarcimento dos cofres públicos não inclui obras de arte e presentes de chefes de Estado.
O valor em bens, agora avaliado em R$ 18,8 milhões, será bloqueado dos financiadores dos ônibus que levaram milhares de bolsonaristas para realizarem ataques e destruição nas sedes dos Três Poderes em Brasília.
Até agora, a AGU aponta 52 pessoas e 7 empresas como financiadores, em levantamento feito junto à Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).
O governo Lula tem reforçado que todos os envolvidos, participando do ataque como financiadores ou como incentivadores, serão investigados e punidos.
Na sexta-feira (20), a Polícia Federal iniciou a primeira fase da Operação Lesa Pátria, que contou com oito mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão contra financiadores e participantes de atos terroristas.
Entre os criminosos que foram presos no dia 8 de janeiro ou no dia 9, quando foi desmontado o acampamento em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, mais da metade passou pela audiência de custódia e teve sua prisão em flagrante convertida em prisão preventiva, sem prazo.
740 terroristas continuarão presos, enquanto outros 345 foram liberados mediante aplicação de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.
O grupo de bolsonaristas que teve a prisão em flagrante convertida em preventiva é acusado de condutas ilícitas de natureza “gravíssimas”, que tiveram como objetivo “coagir e impedir o exercício dos poderes constitucionais constituídos”.
Jair Bolsonaro passou a ser investigado junto com os demais terroristas após fazer uma publicação em suas redes sociais de um vídeo dizendo que as eleições foram fraudadas e Lula foi “escolhido pelo STF e TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”.
Ele está nos Estados Unidos, com medo de voltar ao Brasil, onde é investigado.
Seu ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, foi preso por ter, enquanto secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, desmobilizado as tropas e permitido a invasão dos bolsonaristas à Praça dos Três Poderes.
Na casa de Torres, a Polícia Federal encontrou a minuta de um decreto presidencial que visava alterar o resultado das eleições através da instalação de um “estado de defesa” sobre o TSE.