Órgão de fiscalização e controle quer afetar os bolsos dos empresários golpistas como “efeito pedagógico”. Eles se prestaram a cometimento de crimes, com gravíssimos prejuízos ao patrimônio público
A Advocacia-Geral da União (AGU) deve executar nova ação contra financiadores das invasões terroristas, que aconteceram em 8 de janeiro deste ano, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Segundo a coluna de Igor Gadelha, do portal Metrópoles, a AGU prepara nova ofensiva jurídica contra as empresas suspeitas de possibilitar o ato golpista, de 8 de janeiro.
Depois da solicitação de bloqueio de bens dos empresários, ainda em janeiro, a Advocacia-Geral quer agora inabilitar essas empresas para que não possam participar de licitações promovidas pelo poder público.
Ainda conforme as informações, o parecer da AGU já foi encomendado pelo ministro da pasta, Jorge Messias, à consultoria-geral da União.
A AGU acredita que a inabilitação terá espécie de “efeito pedagógico”, uma vez que afetará diretamente os bolsos dos empresários. Essa crença é absolutamente verdadeira, pois, se nada for feito com os financiadores, esse ciclo golpista não se fecha.
A medida não deve ficar restrita a contratos com a União, mas também deve valer para governos estaduais e prefeituras.
RASTRO DO DINHEIRO
Logo após ter debelado a tentativa golpista, começou a surgir o rastro do dinheiro que mantinha os acampamentos chamados pelo ministro da Justiça, Flávio Dino de verdadeiras “incubadoras de terroristas”.
Dino disse que as investigações conseguiram identificar os primeiros financiadores dos atos terroristas no Distrito Federal, que aconteceram em 8 de janeiro e resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Os financiadores identificados até agora são todos de grupos que compõem a base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Sem revelar nomes dos empresários suspeitos, Dino afirmou em 10 de janeiro, que são: empresários do comércio local do DF, empresários do agronegócio; e CAC (colecionadores de armas, atiradores desportivos e caçadores).
Disse Dino à época: “Nós temos uma investigação em curso, que vai ter vários desdobramentos. Nestes investimentos, já foram identificados os primeiros financiadores, sobretudo aqueles relativos aos ônibus, aqueles que organizaram o transporte, que contrataram os ônibus. Estas pessoas estão todas identificadas.”
Os responsáveis por financiarem os atos antidemocráticos eram de origem de regiões em que Bolsonaro venceu Lula na disputa eleitoral: de Estados do Sul; e do Centro-Oeste.
M. V.