Presidente foi questionado, em entrevista ao SBT, sobre os índices de pesquisas mostrando crescimento da reprovação. “Não tem nenhuma razão do povo brasileiro me dar 100% de popularidade”, respondeu
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que “não tem nenhuma razão do povo brasileiro me dar 100% de popularidade” porque ainda “estamos muito aquém daquilo que prometemos”.
A fala do presidente aconteceu em entrevista ao jornalista César Filho, do SBT News, exibida nesta segunda-feira (11).
“Eu tenho certeza absoluta que não tem nenhuma razão do povo brasileiro me dar 100% de popularidade porque ainda nós estamos muito aquém daquilo que prometemos”, afirmou Lula quando questionado sobre as recentes pesquisas indicando redução da sua aprovação e crescimento da reprovação ao governo.
Lula declarou que ainda está no começo do segundo ano de mandato. “Nós preparamos a terra, aramos a terra, adubamos a terra e colocamos a semente. Cobrimos a semente. Agora, este é o ano em que a gente vai começar a colher aquilo que nós plantamos”, disse.
Lula ainda classificou as pesquisas como “fotografia do momento” e disse que o levantamento pode ser instrumento para melhorar aspectos da gestão.
“A gente tem de entendê-la como uma fotografia em função do momento em que você está vivendo e você utiliza a pesquisa não para ser contra ou para ficar feliz ou muito triste por causa da pesquisa. Você utiliza a pesquisa como instrumento de ação e de mudança da tua estratégia de governo”, disse o presidente.
O mais recente levantamento divulgado pelo Ipec mostra que a avaliação positiva do governo do presidente Lula caiu 5 pontos percentuais.
A avaliação positiva caiu para 33%, a menor marca deste terceiro mandato. No levantamento anterior, realizado em dezembro de 2023, o índice era de 38%.
De acordo com a pesquisa, a avaliação regular da gestão de Lula cresceu 3 pontos percentuais e foi a 33%. A avaliação ruim ou péssima aumentou 2 pontos percentuais, e atingiu 32%. Outros 3% não souberam ou não responderam.
Os números do Ipec confirmaram a tendência da Quaest. No fim de fevereiro, pesquisa do instituto Quaest com 2 mil pessoas, realizada entre 25 e 27, também mostrou queda.
A aprovação do trabalho do presidente caiu a 51% e a desaprovação subiu a 46%.
A diferença — 5 pontos — caiu rapidamente desde a sondagem anterior — em dezembro de 2023.
PETROBRÁS
Na entrevista, o presidente abordou outros assuntos, entre eles, sobre a distribuição de dividendos da Petrobrás.
O presidente enfatizou que a estatal precisa pensar no conjunto do povo brasileiro e não somente nos lucros bilionários dos acionistas. “Tem que pensar o investimento e em 200 milhões de brasileiros que são donos ou sócios dessa empresa. O que não é correto é a Petrobrás, que tinha que distribuir R$ 45 bilhões de dividendos, querer distribuir R$ 80 bilhões”, observou.
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