![](https://horadopovo.com.br/wp-content/uploads/2025/02/FOTO-HP-80.png)
O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Fernando Meirelles acaba de se tornar a quinta maior bilheteira da história do cinema nacional nesta semana, segundo levantamento da Ancine (Agência Nacional do Cinema).
Desde sua estreia em 7 de novembro de 2024, o longa já arrecadou R$ 85,41 milhões. Também de acordo com informações da agência, o interesse recente pelo filme nas salas de cinema — que voltou a ser listado como o mais visto nos cinemas brasileiros — aumentou consideravelmente devido às três indicações ao Oscar 2025 recebidas pela produção.
O ranking atual dos filmes brasileiros com maior bilheteira no Brasil é liderado por “Minha Mãe É Uma Peça 3” (2020), que arrecadou R$ 169,8 milhões. Em segundo lugar está “Minha Mãe É Uma Peça 2” (2016), com R$ 124,6 milhões.
Completando o pódio, está “Nada a Perder” (2018), a cinebiografia do bispo Edir Macedo, que arrecadou R$ 120,2 milhões. Em seguida, em quarto lugar, vem “Os Dez Mandamentos – O Filme” (2016), com R$ 116,8 milhões. Ambos produzidos pela TV Record, do próprio Edir Macedo, que também é o dono da Igreja Universal do Reino de Deus.
“Ainda Estou Aqui” segue em cartaz nos cinemas brasileiros e é produção nacional com a melhor chance do Brasil no Oscar em quase 20 anos. O filme é uma adaptação do livro homônimo escrito por Marcelo Rubens Paiva. A história se passa na década de 1970, no período mais intenso da ditadura militar no Brasil, e acompanha a trajetória da família Paiva, composta por Rubens (interpretado por Selton Mello), Eunice (vivida por Fernanda Torres) e seus filhos.
A vida da família se transforma completamente quando, em um dia fatídico, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e some sem deixar rastros.
UNIVERSAL
A produção de filmes pela Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, tem gerado polêmica nos últimos anos, especialmente em relação à venda de ingressos e ao comparecimento dos fiéis às salas de cinema.
Críticos apontam que a igreja promove a compra antecipada de ingressos pelos fiéis, muitas vezes como uma forma de contribuição ou demonstração de fé, o que resultaria em salas vazias durante as exibições. Essa prática é vista por alguns como uma estratégia para inflar números de bilheteria e garantir visibilidade às produções. No entanto, defensores argumentam que os filmes são uma forma de evangelização e que a mobilização dos fiéis faz parte de um engajamento legítimo.
Apesar das alegações de sucesso por parte da igreja, relatos de salas de cinema quase vazias durante as sessões desses filmes têm alimentado debates sobre a transparência e a real adesão do público.