Jair Bolsonaro assinou na terça-feira (30), no Palácio do Planalto, o decreto que prorroga por mais dois meses o auxílio emergencial de R$ 600,00, conforme autorização do Congresso Nacional.
Parlamentares vinham defendendo a extensão do auxílio emergencial no valor de R$ 600, ao contrário da manifestação de Bolsonaro, na semana passada, favorável à redução do valor.
Para o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a decisão de estender o auxílio no valor de R$ 600, por decreto, foi correta. “É o que manda a lei”, disse Maia.
Com a economia estagnada e com a taxa de informalidade batendo recorde atrás de recorde no governo Bolsonaro, um contingente de cerca de 40 milhões de trabalhadores informais ficou sem renda com a pandemia, porém Guedes resistiu desde o início à aprovação da ajuda emergencial e chegou a propor R$ 200, “uma cesta básica”.
Por iniciativa do Congresso Nacional, o benefício foi ampliado para R$ 600, podendo ser estendido pelo governo federal por mais três meses pelo mesmo valor.
No início, o governo estimava que o auxílio chegasse a 54 milhões de pessoas, entre trabalhadores autônomos e os que recebem bolsa família. Hoje, mais de 64 milhões de brasileiros receberam o auxílio emergencial entre os mais de 100 milhões que fizeram o cadastro junto à Caixa Econômica Federal. Mas Guedes, ficou “surpreso”. “Aprendemos durante essa crise que havia 38 milhões de brasileiros invisíveis que também merecem ser incluídos no mercado de trabalho“, disse o ministro de Economia. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados mensalmente.
De março a maio, segundo o IBGE, a população ocupada perdeu 7,8 milhões de trabalhadores, o número de desalentados bateu recorde de 5,8 milhões de pessoas, 2,5 milhões perderam emprego com carteira assinada e o desemprego aumentou, atingindo 12,7 milhões de brasileiros.