Os bombeiros e policiais militares do estado de Alagoas realizaram uma assembléia geral nesta terça (17), com mais de duas mil pessoas, em frente ao Palácio República dos Palmares e negaram, por unanimidade, a proposta de reajuste nos termos apresentados pelo governo do Estado.
A categoria cobrava, até a última sexta (13), um reajuste de 10,67%, mas a proposta do governo atingia apenas 6% em três anos. Na impossibilidade de um acordo e com o fortalecimento da reivindicação, a exigência subiu para 29%, equiparado ao dos delegados de Polícia. A mais nova proposta do governo, e que foi rejeitada na assembléia da terça, previa um reajuste de 10% em quatro anos, sendo 4% em 2019 e 2% nos outros três anos.
Estão paralisados os serviços de Força Tarefa e da ronda no Bairro. De acordo com o presidente da Associação dos Cabos e Soldados em Alagoas (ACS-AL), cabo Wellington, “iniciaremos imediatamente a operação padrão, dentro da lei. A Força Tarefa continua sem sair. Se o governo não sinalizar com uma proposta melhor depois disso, vamos debater o aquartelamento”. Operação padrão significa que os militares só voltarão aos trabalhos normalmente quando a situação em questão for resolvida.
Os militares se veem respeitados e desvalorizados se comparados a outras categorias, que receberam reajustes que superam 24%. “Queremos valorização e respeito e por isso estamos aqui, para mostrar que a insatisfação é geral. Vemos categorias diferentes da segurança pública sendo tratadas de maneira desigual e não vamos mais suportar isso. Queremos isonomia, queremos que o governo dê aos policiais e bombeiros militares o mesmo tratamento que foi dado aos policiais civis, aos delegados e aos agentes penitenciários”, disse o presidente da Associação dos Bombeiros de Alagoas (ABM-AL), sargento Marcos Ramalho. O governo do Estado alega estar disposto a dialogar com os trabalhadores.