“O Brasil precisa retomar a normalidade monetária, com juros condizentes com as necessidades do país. As altas taxas de juros, no entanto, são um freio ao desenvolvimento do país, porque desencorajam o consumo e o investimento, além de elevarem a dívida pública”, destacou
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) criticou, na noite desta quarta-feira (8), a decisão do Banco Central de reduzir o ritmo da queda dos juros no país. Ele disse que “o ritmo de cortes da taxa básica de juros, a Selic, precisa ser maior e sem hesitações”.
“A redução de 0,25 pp na Selic é um sinal importante de confiança no governo, mas o ritmo da queda precisa ser maior, sem hesitações. O Brasil precisa retomar a normalidade monetária, com juros condizentes com as necessidades do país e a responsabilidade do governo”, afirmou Alckmin.
Na quarta-feira (8), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou uma redução de 0,25 ponto porcentual na taxa, para 10,50% ao ano, após seis cortes consecutivos de 0,50 ponto. A decisão foi apertada e o voto de minerva foi dado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto.
Com a decisão, o juro real, o que interessa para a economia, subiu ao invés de descer. Em março deste ano, ele estava em 5,90%. Agora, após a decisão do BC e com a inflação em queda, ele foi para 6,54%. A média do juro real das 40 economias pesquisadas é de 0,12%.
As críticas de Alckmin foram feitas em publicação em suas redes sociais. O vice-presidente disse que o governo do presidente Lula está fazendo tudo para garantir a retomada do crescimento. São esforços em todos os sentidos.
“Ele está negociando reformas; reconstruindo políticas sociais; e estimulando o investimento produtivo. As altas taxas de juros, no entanto, são um freio ao desenvolvimento do país, porque desencorajam o consumo e o investimento, além de elevarem a dívida pública”, segundo o vice-presidente.