O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou, na terça-feira (18), diversos pedidos da coligação de Bolsonaro (PSL/PRTB) para que fossem retiradas propagandas eleitorais da TV e do rádio nas quais ele é criticado.
Os alvos são as propagandas do candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin. Em uma delas, denominada “A Bala”, a proposta de Bolsonaro de liberar o porte de armas para diminuir a violência é criticada. Uma bala aparece atravessando diferentes problemas que o Brasil enfrenta, como o analfabetismo, a fome e etc. Até que em seu caminho aparece uma criança, nesse momento a bala se transforma na frase “não é na bala que se resolve”.
O capitão da reserva afirmou ter se sentido “atacado diretamente” pela propaganda e pediu que fosse tirada do ar. Para o ministro Sérgio Banhos, “não se verifica irregularidade capaz de denegrir a imagem do representante. A uma porque não houve qualquer referência ao seu nome ou a sua imagem na propaganda eleitoral ora impugnada. A duas porque imagens tidas como ‘impactantes’ como a utilizada na inserção são apresentadas diariamente nos telejornais, uma vez que a violência explícita, lamentavelmente, é uma realidade do país”.
Além desta, Bolsonaro pediu que parasse de circular a propaganda na qual ele aparece chamando de “vagabunda” a deputada federal do PT, Maria do Rosário, e de “idiota” e “ignorante” uma repórter. Ao fim, a propaganda pergunta: “Você gostaria de ter um presidente que trata as mulheres como Bolsonaro trata?”.
O vice-presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, disse que “os fatos retratados efetivamente ocorreram, foram objetos de ampla divulgação, sem qualquer indício de que tenham sido maliciosamente descontextualizados”, respondendo ao pedido do advogado de Bolsonaro, André Castro.